CD: Bob Dylan - John Wesley Harding (1967)
Toda a crítica qualifica muito bem este álbum de Bob Dylan. Contudo, permanece como um dos mais ignorados em toda a sua vasta discografia. Compreende-se que não tivesse atingido a projecção dos três extraordinários que o antecedem e, sem discussão, os mais brilhantes (com permissão do posterior Blood on the Tracks...), mas não mereceria a penumbra em que acabou por estacionar. Depois ter atingindo, fulgurantemente, a fama com os três álbuns que correspondem ao período de apogeu de toda a sua carreira discográfica, Dylan tem um período de afastamento da ribalta. É também nesse período que sofre um acidente de mota. A fase parece ter sido algo turbulenta. Reaparece em 1967 com este álbum, de uma extraordinária simplicidade meios, que parece uma renúncia ao rock/folk e um retorno às origens, ao folk acústico. Dylan na guitarra e com a sua harmónica, mais um discretíssimo acompanhamento de bateria singela e baixo. Em dois temas há uma guitarra adicional. É tudo! É um trabalho melancólico e bucólico. Na capa aparece entre índios e as letras parecem parábolas bíblicas. Uma cabal demostração de como a simplicidade de meios pode ser eficaz. Três temas a destacar: All along the watchtower (será recriado de forma radicalmente eléctrica, em memorável versão, por Jimi Hendrix em Woodstock); The ballad of Frankie Lee and Judas Priest; I'll be your baby tonight.
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