domingo, agosto 16, 2009

sexta-feira, maio 15, 2009

Mariachi y tequila (48)

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Paquita la del Barrio - Taco placero (2001)
A notoriedade de Paquita la del Barrio adveio da interpretação de temas cujas letras são um discurso de imprecações anti-machistas e de um certo desbragamento, parodiando tópicos sexuais. Há uma transfiguração para uma pose agressiva quando desata a cantar. E há ainda o estilo musical que sustenta discurso e pose, o qual oscila entre cabaret e mariachi, sempre em plano demodé. Uma boa parte destes temas são da autoria de Manuel Eduardo Toscano. Para além desta especialidade de autor, é de admitir que deve haver nas tradições populares mexicanas um rico campo inspirador para tão corrosivo "escárnio e maldizer"... Mas Paquita insere-se também numa linha popular mais convencional como demonstra a parte, de facto, dominante no seu repertório que é constituída por temas consagrados da música ranchera.
Este álbum inclui dois dos mais carismáticos temas da chancela de Manuel Eduardo Toscano - Taco placero e Rata de dos patas; ambos são, efectivamente, magníficos, em particular o segundo, que constitui um prodigioso desfiar de insultos soezes. Mas, sem perder de vista esta mais-valia, quem é conhecedor e apreciador da música ranchera valorizará também os temas convencionais. É o caso, por exemplo, do clássico
Paloma negra, interpretado com a contundência expressiva que lhe é peculiar. Paquita la del Barrio merece ser tomada a sério como grande intérprete da música ranchera. Este álbum é, enfim, mais um numa longa série que o comprova.

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Paquita la del Barrio - Paloma negra in Taco placero (2001)

Para siempre boleros! (34)


Tito Rodríguez, El Inolvidable
Ainda de Puerto Rico, eis aquele que foi o seu mais destacado bolerista de todos os tempos: Tito Rodríguez. Aqui vai uma resumida apresentação, rematada pelo seu mais célebre tema (um bolerazo!) Inolvidable. Se Héctor intercalava boleros no seu repertório de salsa, Tito intercalava mambos no seu repertório de boleros.

terça-feira, abril 21, 2009

Para siempre boleros! (33)


Willie Colón / Héctor Lavoe - Ausencia
Este é um documento notável, não obstante as más condições de som e imagem. É uma actuação em directo de Willie Colón e seu grupo, provavelmente num programa televisivo no início dos anos 70. Ausencia é um bolero pleno de sentimento, mas estranho, pois tem uma inflexão no desenvolvimento melódico que desagua num dueto montuno muito cadenciado, alternando com a voz solista de Héctor. Na mudança de ritmo, Willie protagoniza com outro instrumentista uma transição com trombones em solene crescendo. Depois, põe a sua voz no dueto montuno que vai obsessivamente repetindo "no importa tu ausencia, te sigo esperando". Pelo seu lado, Héctor é chamado, nas deixas, a uma vocalização em tons altos, de difícil execução, que corresponde ao clímax emocional da peça. Na interpretação aqui em apreço o remate é improvisado e a versão original de "me vuelvo loco" dá lugar a "me pego un tiro en el coco", atingindo-se um dramatismo quase burlesco. Tanto assim é, que tal arremedo é logo seguido de um anti-clímax, já que o improviso alarga-se com letra de ocasião, inóqua, sem relação com o tema (ex: "Willie Colón está tocando y la gente está gozando...").
Em baixo pode-se ouvir a versão original.


Willie Colón / Héctor Lavoe -
Ausencia in Cosa nuestra (1969)

sexta-feira, abril 17, 2009

Salsa y merengue (46)

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Willie Colón - Cosa nuestra (1969)
A seguir a Siembra este é o álbum mais aclamado de Willie Colón. É o terceiro e remonta a um tempo em que a composição do seu grupo não estava ainda estabilizada. Mas é música já bem definida, assente em raízes afro-cubanas, com ritmos e metais contundentes, entremeada por boleros. Héctor Lavoe era a voz líder carismática.
O álbum abre com um tema que lhe deu uma popularidade que transcendeu os ghettos hispânicos norte-americanos e Puerto Rico, seus mercados naturais. É Che che colé e, sintomaticamente, tem cariz africano. Contudo, sendo um tema magnífico, talvez não seja o mais valioso. Sucede que Ausencia é um tema especial - um estranho bolero marcado por uma mudança de ritmo que abre caminho para um montuno e um desempenho interpretativo de Héctor Lavoe.
Aqui se demonstra como se pôde atingir precocemente a maturidade artística numa época, aliás, em que o pop/rock multiplicava abundantes exemplos similares. Contudo, o sucesso da novidade sustentada com descaramento e audácia só foi possível porque se vivia um tempo que lhe era receptivo e que se traduzia, por exemplo, em produtores e investidores não menos ousados. As origens da salsa, em Nova York de finais dos anos 60 só podem ser entendidas neste contexto. O título e a capa deste álbum traduzem, aliás, um descaramento desafiante. A figura de gangster mafioso que Willie Colón teimava em representar estava à altura do atrevimento musical que protagonizava, muito embora não deixe adivinhar o tipo de música que vai no conteúdo - era uma capa provocadora como outras de grupos pop/rock então em voga.

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Willie Colón - Che che colé in Cosa nuestra (1969)

Salsa y merengue (45)

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Willie Colón - The hustler (1968)
Se houvesse qualquer coisa como uma certidão de nascimento da salsa não andaria muito longe de algo assim: filha do boogaloo e da latin soul, nascida em Nueva York, Spanish Harlem, em finais dos anos 60, no seio da grande família musical afro-cubana com mestiçagem jazzística. Padrinhos: Jerry Masucci e Johnny Pacheco (Fania).
Este álbum aponta directamente para esse processo de criação. Após um primeiro álbum, Willie Colón aponta definitivamente caminhos inovadores, que reconhecemos, posteriormente, como salsa fundadora. Não foi o único. Dentro da editora Fania, ou na sua periferia, outros (Johnny Pacheco, Joe Cuba, Celia Cruz, Ray Barretto) também davam corpo ao invento. Mas Willie Colón é o que tem mais importância, pela repercussão que imediatamente teve e pela polifacética trajectória que, desde então, foi protagonizando como compositor, instrumentista, director de orquestra, produtor, descobridor de talentos e, até, como vocalista. Está na vanguarda e é o mais influente. Ele com... a sua afectada imagem rufia (era, de facto, de South Bronx); ...a sonoridade brutal dos seus trombones; ...o virtuosismo dos seus percussionistas e do seu pianista; ...o seu lendário vocalista, Héctor Lavoe. Ele, enfim, com 19 anos (com esta idade gravava este seu segundo álbum!) e iniciando assim, verdadeiramente, a história da salsa, que, em certa medida se tem confundido com a sua própria trajectória artística.
O que mais impressiona nesta salsa fundadora é a força da matriz rítmica afro-cubana. Não há música hispânica mais africana do que esta, como atesta a percussão esmagadora e, ainda por cima, reforçada com a rudeza dos trombones. E como se não bastasse... ainda há Héctor Lavoe, La Voz !
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Willie Colón - The hustler in The hustler (1968)

sábado, abril 11, 2009

Napule e'... (13)

Nápoles no Google Earth (4)
Em orientação contrária à anterior, esta imagem dá-nos uma panorâmica ainda mais global. Em primeiro plano vê-se a Ilha de Capri e a Peninsula Amalfitana. Por aí proliferam paisagens paradisíacas. Separam o Golfo de Salerno do Golfo de Nápoles. Acima do Vesúvio, estende-se Nápoles até ao extremo noroeste da Baía, de onde sobressai a Peninsula de Pozzuoli, que aponta na direcção das Ilhas de Procida e Ischia. Foi na primera, mais pequena e próxima da costa, onde esteve exilado Pablo Neruda.

Nota: clicando na foto obtém-se ampliação.

Napule e'... (12)

Nápoles no Google Earth (3)
Aqui temos uma panorâmica mais global da urbe, com o seu enquadramento em anfiteatro de orientação Norte-Sul, num extremo da baía. Em primeiro plano vê-se o Castelo de Sant'Elmo; ao fundo, do lado esquerdo, o Vesúvio; e do lado direito, a Península Amalfitana. Para o interior e, ao longo da costa, um vasto conjunto de localidades suburbanas compõem com a cidade uma área metropolitana densa e extensa que corresponde a quase toda a província de Nápoles. Nessa área vivem três milhões de habitantes, ou seja mais de metade da Campania, a região de que Nápoles é capital.

Nota: clicando na foto obtém-se ampliação.

Napule e'... (11)

Nápoles no Google Earth (2)
Mais uma imagem de Nápoles no Google Earth Street View. É uma panorâmica do Vesúvio, mas de um nível mais elevado, junto ao Castelo de Sant'Elmo. A parte mais antiga estende-se pela encosta que, virada a sul, vai daqui até à zona ribeirinha. É a cidade burbónica, pejada de testemunhos do longo domínio hispânico que teve aqui uma sede estratégica desde os tempos medievais da Coroa de Aragão até à decadência do Império Espanhol, em meados do século XVIII. Contudo, durante ainda mais um século, até ao Rissorgimento (Unificação italiana), o Reino de Nápoles constituiu um prolongamento desse passado hispânico, pelos laços familiares da casa reinante (Bourbon) e, sobretudo, pela permanência de tradições e laços culturais.

Nota: clicando na foto obtém-se ampliação.

Napule e'... (10)

Nápoles no Google Earth (1)
Nápoles é uma das cidades italianas que está abrangida por um dos mais recentes recursos do Google Earth, o Street View. Com efeito, este recurso, além, de muitas áreas urbanas dos Estados Unidos, abrange já áreas urbanas da Grã-Bretanha, Holanda, França, Espanha e Itália. É um recurso que merece ser apreciado, não só para efeito de necessidades práticas de viagens, mas também como forma de ter mais algum conhecimento do mundo; pode ser, enfim, um certo exercício de turismo virtual...
Nesta panorâmica pode-se apreciar uma parcela da Baía de Nápoles, com o Vesúvio ao fundo. Em primeiro plano, vê-se o casario do Bairro Espanhol - o mais castiço bairro napolitano. Cheguei aqui, aliás, subindo, foto após foto, por uma inclinada ruela desse famoso bairro. De algum modo experimenta-se o seu ambiente peculiar.

Nota: clicando na foto obtém-se ampliação.

quarta-feira, abril 01, 2009

Napule e'... (9)


Homenagem a Massimo Troisi
Massimo Troisi desempenhou o papel de Mario Ruoppolo, o carteiro, em Il postino (O carteiro de Pablo Neruda). Morreu em 1994, no mesmo ano em que o filme foi estreado, com 41 anos. Além de actor foi também realizador, argumentista e poeta. Com Pino Daniele compôs a canção O' ssaje comme fa 'o core, em dialecto napolitano. Massimo foi o autor da letra e Daniele, o autor da música e intérprete. Pode-se escutar parte desta canção ao longo da homenagem e quase na íntegra, embora em precárias condições, no seguinte videoclip:


Pino Daniele -
O' ssaje comme fa 'o core (1992)

terça-feira, março 31, 2009

Extravagâncias (4)

100 melhores canções
Foi publicada uma lista de 100 melhores canções em El País Semanal: Las 100 mejores canciones elegidas por 100 músicos hispanoamericanos. A introdução de Diego Manrique ajuda a compreender as incongruências e os descarados absurdos que a lista patenteia. Desde logo, apercebe-se a predominância, entre os inquiridos, de músicos pop/rock... Um exercício desta natureza gera sempre controvérsia. Contudo, exercita a selectividade e permite reflectir sobre o impacto de certas músicas. Seja como for, senti-me logo impelido a confeccionar a minha lista das 100 melhores canções. Foi duro. Muitas extraordinárias canções acabaram excluídas... A partir de certo ponto, dentro do conjunto pré-seleccionado, foi necessário recorrer a critérios objectivos... Os critérios objectivos como:
- limitar a três o numero de canções de cada artista (enfim, com uma excepção...);
- contemplar os géneros mais variados;
- privilegiar canções com maior repercussão pública.
Eis a minha lista, soberanamente pessoalíssima, sem ordenação valorativa, apenas por ordem alfabética de artista:

DANCING QUEENABBA1976
COMO DOIS ANIMAISALCEU VALENÇA1982
FADO DO CIÚMEAMÁLIA RODRIGUES1966
POVO QUE LAVAS NO RIOAMÁLIA RODRIGUES1972
NO SÉ POR QUÉ TE QUIEROANA BELÉN / ANTONIO BANDERAS1997
TODA UNA VIDAANTONIO MACHINS/D
ESTOU ALÉMANTÓNIO VARIAÇÕES1983
ESTA TARDE VI LLOVERARMANDO MANZANERO1967
SI ME FALTAS TÚARMANDO MANZANERO1968
ADIÓS NONINOASTOR PIAZZOLLA1969
OBLIVIONASTOR PIAZZOLLA1984
THE TIMES THEY ARE A CHANGINGBOB DYLAN1964
LIKE A ROLLING STONEBOB DYLAN1965
LA LEYENDA DEL TIEMPO CAMARÓN DE LA ISLA1979
COMO EL AGUA CAMARÓN DE LA ISLA / PACO DE LUCÍA1981
PASODOBLE TORERO A GERALD BRENANCARLOS CANO1985
UM HOMEM NA CIDADECARLOS DO CARMO1977
VOLVER CARLOS GARDEL1935
VARIAÇÕES EM RÉ MENORCARLOS PAREDES1967
LA BOHÈMECHARLES AZNAVOUR1966
TATUAJECONCHA PIQUER1941
HAVE YOU EVER SEEN THE RAINCREEDENCE CLEARWATER REVIVAL1971
LOVE IN PORTOFINO DALIDA1959
MON MANÈGE A MOIEDITH PIAF1958
ACONTECIÓEL PELE / VICENTE AMIGO2003
ÁGUAS DE MARÇOELIS REGINA / TOM JOBIM1974
INÚTIL PAISAGEMELIS REGINA / TOM JOBIM1974
NEW YORK, NEW YORKFRANK SINATRA1980
CUATRO ROSASGABINETE CALIGARI1984
CARELESS WHISPERGEORGE MICHAEL1983
SIN VOLUNTADGILBERTO SANTA ROSA1993
SAPORE DI SALEGINO PAOLI1963
PRONÚNCIA DO NORTEGNR / ISABEL SILVESTRE1992
FELICES HORASHÉCTOR LAVOE1976
PERIÓDICO DE AYERHÉCTOR LAVOE1976
ESE HOMBREINDIA1994
BY THE TIME I GET TO PHOENIXISAAC HAYES1969
I STAND ACCUSEDISAAC HAYES1970
THEME FROM "SHAFT" ISAAC HAYES1971
NE ME QUITTES PASJACQUES BREL1959
MEDITERRÁNEOJOAN MANUEL SERRAT1971
O EMBUÇADOJOÃO FERREIRA-ROSAS/D
BÉSAME MUCHOJOÃO GILBERTO1977
RETRATO EM BRANCO E PRÊTOJOÃO GILBERTO1977
IMAGINEJOHN LENNON1971
CANTO MOÇOJOSÉ AFONSO1970
TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉMJOSÉ AFONSO1970
LA ESTRELLA DE JALISCOJOSÉ ALFREDO JIMÉNEZ1971
SEND IN THE CLOWNSJUDY COLLINS1975
SANTIMAIÑEKO FANDANGOA & IOAEOEKEPA JUNKERA1998
POZO DEL DESEOKETAMA1994
AUTOBAHNKRAFTWERK1974
PURO TEATRO LA LUPE1969
AVEC LE TEMPSLÉO FERRÉ1970
SOY UN PERRO CALLEJERO (EN VIVO)
LOS CHUNGUITOS1988
FOI NA TRAVESSA DA PALHALUCÍLIA DO CARMO1958
ESPÍRITU SIN NOMBREMANZANITA1980
UN RAMITO DE VIOLETASMANZANITA1981
EU SEI QUE VOU TE AMARMARIA CREUZA / TOQUINHO / VINICIUS1970
MERCÉMARIA DEL MAR BONET1971
SA DES CAVALLERMARIA DEL MAR BONET1979
GRANDE, GRANDE, GRANDEMINA1971
L'IMPORTANTE È FINIREMINA1975
ANCORA, ANCORA, ANCORAMINA1978
PAROLE, PAROLEMINA / ALBERTO LUPO1972
TÚ, MI DELIRIO
MONCHOS/D
NATURE BOYNAT KING COLE1963
NOCHES DE BOHEMIANAVAJITA PLATEÁ1998
LES CORNICHONSNINO FERRER1966
PRIME ORE DEL MATTINOORNELLA VANONI1974
UN MONDO DI PIÙORNELLA VANONI1974
GAVILÁN O PALOMAPABLO ABRAIRA1977
CHIAMAMI ADESSOPAOLO CONTE1992
ESCLAVEPAPA WEMBA1988
EL FRACASO DE MI AMORPAQUITA LA DEL BARRIO1996
TRES VECES TE ENGAÑÉPAQUITA LA DEL BARRIOS/D
HABANERA DE LOS OJOS CERRADOSPASIÓN VEGA2001
20º ANIVERSARIO (PALABRAS)PATXI ANDIÓNS/D
REUNITEDPEACHES & HERB1978
'O SSAJE COMME FA' O COREPINO DANIELE1992
ESCUELA DE CALORRADIO FUTURA1984
AL VENTRAIMON1966
QUANDOROBERTO CARLOS1967
DETALHESROBERTO CARLOS1971
AMIGOROBERTO CARLOS1977
SEVILLAROCÍO JURADO1991
PATRIARUBÉN BLADES / SON DEL SOLAR1988
CAMINANDORUBÉN BLADES / SON DEL SOLAR1991
DOLCE VITA RYAN PARIS1983
A QUERERSALMARINA1985
TRUESPANDAU BALLET1983
MOMENTS IN LOVETHE ART OF NOISE1984
YESTERDAYTHE BEATLES1965
LET IT BETHE BEATLES1970
(I CAN'T GET NO) SATISFACTIONTHE ROLLING STONES1965
GET OFF OF MY CLOUDTHE ROLLING STONES1965
ALALA DAS MARIÑASUXÍA1995
MALDITA SEAVICENTE FERNÁNDEZ1992
LOS DOS HERMANOSVICENTE / ALEJANDRO FERNÁNDEZ2005
PEDRO NAVAJAWILLIE COLÓN / RUBÉN BLADES1978

sexta-feira, março 20, 2009

Mediterráneo / Mediterrània (59): Catalunya


Rafael Subirachs - Bac de Roda (1977)

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Rafael Subirachs - Bac de Roda in Bac de Roda (1977)

Mediterráneo / Mediterrània (58): Catalunya

Pedres de Girona
Um sítio web de divulgação turística de Girona: Pedres de Girona (Pedras de Girona). Clicando sobre a imagem acede-se-lhe.
A cidade precisa, efectivamente, de maior divulgação. Está obscurecida pela metrópole Barcelona e de algum modo afectada pelo atractivo da parafernália surrealista do Museu Dalí de Figueres e da mundanidade das praias da Costa Brava. Mas é assim e é pena. Em relação a Girona e não só. Existem muitas preciosidades no interior da província de Girona como, de resto, no interior de toda a Catalunha, em particular na metade setentrional que corresponde à historicamente designada como Catalunya Vella. Com o seu ar medieval, Girona é como que o mais visível estandarte das urbes da Catalunya Vella.

quinta-feira, março 19, 2009

Mediterráneo / Mediterrània (57): Catalunya

Toni Verdú Carbó - Streets of Girona
Tenho o prazer de conhecer Girona. É um cidade situada no norte da Catalunha, capital da província do mesmo nome. É rica pelo seu nível de vida, mas ainda é mais rica pelo seu património histórico. Na margem direita do Rio Onyar, pouco antes deste confluir com o Ter, um denso casario em torno de estreitas ruas empinadas compõe o seu centro histórico. Quase no topo desse anfiteatro sobressai a catedral. É precisamente esse centro histórico o objecto de um belíssimo álbum de fotos, da autoria de Toni Verdú Carbó que está disponível no Flickr. Ver slideshow a partir daqui.

sábado, março 14, 2009

Salsa y Merengue (44)


Héctor Lavoe - Felices horas (1976)
Esta composição de imagens com a música de Felices horas é tecnicamente rudimentar, mas consegue o essencial: evocar os tempos áureos de Héctor Lavoe, o mesmo é dizer, os tempos áureos da salsa clássica.
O destino del cantante de los cantantes
parecia já inscrito naquela voz inconfundível, profunda, que soava grandiosamente de forma ora melancólica, ora trágica. Que melhor para o demonstrar que este tema, Felices horas, que é uma simples e bonita música de amor envolvida numa espectacular cadência rítmica?!

Geografia íntima (25)


Porto

quarta-feira, março 04, 2009

Tiro ao alvo (24)


La Lupe - Puro teatro
Eis um inesperado aproveitamento de Puro teatro: uma sátira a Fidel Castro. Em boa verdade, o reduto mais radical e influente do exílio anti-castrista, em Miami, tem tido sempre, regra geral, posicionamentos pouco inteligentes e desinspirados, desde o Desembarque da Baía dos Porcos ao Bloqueio. No confronto entre castristas e anti-castristas raramente tem havido sensatez e inteligência. Sempre tem sobrado muita retórica e demagogia nos dois bandos. Ao menos este é um exercício que irrompe por terrenos mais imaginativos...

Para siempre boleros! (32)

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La Lupe - Laberinto de pasiones (1992)
Este álbum é uma compilação da editora canária Manzana para o mercado espanhol, em plena onda revivalista de La Lupe. Onda revivalista que foi impulsionada por um dos filmes de Almodóvar, que incluiu o bolero Puro teatro na banda sonora. Tem um interessante texto do jornalista Diego Manrique com um resumo da acidentada vida da artista. Na selecção de temas constam os mais conhecidos, nomeadamente três boleros de Tite Curet Alonso: Fijense, La tirana e Puro teatro. Destaque-se ainda o bolero Que te pedí, dois bogaloos (Fever e Que bueno boogaloo), assim como a famosa guajira Guantanamera. Acima de todos paira, efectivamente, Puro teatro. Discorre sobre uma letra que se pode considerar um inspiradíssimo insulto, bem ao estilo canalha de Curet Alonso. Depois, culminando na perfeição, temos a interpretação radicalmente arrebatada da descaradona mulata cubana que La Lupe sempre foi... Percebe-se a ouvido desarmado que os boleros de La Lupe são de uma classe especial: sanguinios, febris, viscerais, passionais e este é, precisamente, o melhor exemplo.
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La Lupe - Puro teatro (1969)

Para siempre boleros! (31)


Puro teatro

Igual que en un escenario
finges tu dolor barato
tu drama no es necesario
ya conozco ese teatro.

Fingiendo,
que bien te queda el papel
después de todo parece
que esa es tu forma de ser.

Yo confiaba ciegamente
en la fiebre de tus besos
mentiste serenamente
y el telón cayo por eso.

Teatro,
lo tuyo es puro teatro
falsedad bien ensayada
estudiado simulacro.

Fue tu mejor actuación
destrozar mi corazón
y hoy que me lloras de veras
recuerdo tu simulacro.

Perdona que no te crea
me parece que es teatro.

(Hablado)
Y acuerdate que segun tu punto de vista,
yo soy la mala.

Teatro,
lo tuyo es puro teatro
falsedad bien ensayada
estudiado simulacro.

Fue tu mejor actuación
destrozar mi corazón
y hoy que me lloras de veras
recuerdo tu simulacro.

Perdona que no te crea
me parece que es teatro
perdona que no te crea
lo tuyo es puro teatro.
Tite Curet Alonso

sábado, fevereiro 28, 2009

Para siempre boleros! (30)

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Héctor Lavoe - Recordando a Felipe Pirela (1979)
Voz da salsa, Héctor Lavoe, El Cantante, não deixa de ser também uma voz do bolero. Dispersos pelos seus álbuns há vários boleros. É evidente que o timbre da sua voz se presta também a este género; em cadência lenta arrasta um lastro de melancolia que se lhe ajusta perfeitamente. Ora, sucede que, excepcionalmente, este álbum é dedicado só ao bolero. É, aliás, uma homenagem a um bolerista, Felipe Pirela, interpretando temas do seu repertório. Desde a imagem da capa até à matéria musical, passando pelas letras, tudo compõe um invulgar exercício nostálgico, de pendor decadente. A temática dir-se-ia que é própria de radionovela dos anos 50 ou 60: hiper-sentimental e transbordante de lugares-comuns moralistas. A voz apura ainda mais o sabor melancólico, com a perfeita complementaridade da orquestração. O resultado é soberbo.
De Filipe Pirela pouco se pode apurar. Em El libro del bolero, de Tony Évora, há apenas uma menção fugidia, que refere tão-só a sua condição de portoriquenho. Mas não é. Num artigo da Wikipedia fica-se a saber que era venezuelano, que atingiu notoriedade no seu país de origem, também no México e, sobretudo, em Porto Rico. Aqui acabou por se radicar e morreu, assassinado, com 31 anos. Não se esclarece como e esta omissão acentua a estranheza que decorre do relevo que é dado ao modo como se desfez o seu casamento e à relação que se faz com o seu auto-exílio em Porto Rico.
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Héctor Lavoe - El infierno in Recordando a Felipe Pirela (1979)

Para siempre boleros! (29)


Moncho / Tomatito - Encadenados

domingo, fevereiro 22, 2009

Memória do Futebol (13)

Europa Top100 2007/2008 - Média de espectadores / Clubes de futebol
A litania recorrente sobre as baixas assistências do futebol português não tem base objectiva de nenhum tipo. Seja sob que perspectiva forem analisados os dados estatísticos, nada permite adoptar tal tese. Aqui fica uma achega: o Top100 das médias de espectadores de clubes nas ligas nacionais europeias na época 2007/2008 (Excluída a Turquia por falta de dados).
Portugal está presente com 4 clubes, 3 dos quais no Top50; de notar que FC Porto e Benfica estão, inclusivamente, no Top40, à frente de clubes como Juventus, AS Roma, Lazio, Fiorentina, Torino, Everton, Tottenham Hotspur, PSV, Olympique de Lyon, PSG... São indicadores impensáveis para os demais países da ordem de grandeza de Portugal, como é o caso da Grécia, República Checa, Bélgica, Hungria, Sérvia e Áustria.
Outros indicadores confirmam que, de facto, nesta matéria, Portugal só é ultrapassado pelas 5 grandes ligas, mais a Escócia e a Holanda. Em termos relativos, comparativamente com o número de habitantes, só será ultrapassado, eventualmente, por estes dois últimos.

(Clicar sobre a imagem, a fim de se obter a visualização da lista)



Fonte: European Football Statistics

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Salsa y Merengue (43)

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Héctor Lavoe - Comedia (1978)
É o álbum mais carismático de Héctor Lavoe, o que sucede devido a incluir o tema que acabou por se tornar como que a sua senha de identidade, El cantante, composto por Rubén Blades. O título do álbum e respectiva imagem de capa reforçam a composição carismática, acentuando o que era cada vez mais evidente: a vida de Héctor Lavoe descambava descontroladamente para terrenos escatológicos entre a comédia e a tragédia. De resto, é um álbum que definitivamente consolida um repertório que se reparte entre a salsa pura e dura e o bolero, consagrando os dotes interpretativos excepcionais em ambos os géneros.
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Héctor Lavoe - El cantante in Comedia (1978)

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Salsa y Merengue (42)

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Héctor Lavoe - De ti depende (1976)
Depois de uma fase inicial em que foi voz solista da orquestra de Willie Colón, Héctor Lavoe aparece como protagonista, à frente da sua própria orquestra. Esta, em pouco difere da anterior. O que se passa é que Willie Colón cedeu-lhe a direcção, dedicando-se a outros projectos. Alguns problemas causaram este afastamento, o que, aliás, é mostrado no filme El cantante. Mas não foi um afastamento inamistoso e radical em termos pessoais e menos ainda em termos artísticos. Colón assegura-lhe a produção das gravações e a sonoridade continua a ser a mesma. Este é o segundo álbum desta fase. A voz de el cantante de los cantantes está na plenitude e o envolvimento orquestral está à sua altura. Aqui temos salsa da mais clássica, com o atractivo adicional de estar entrecortada por boleros, onde a voz adquire um lastro melancólico. Mas o tema mais carismático é Periódico de ayer. Este é, digamos, como que a quinta-essência da salsa. Letra e música são do portoriquenho Tite Curet Alonso, o mesmo que compôs o bolero Puro teatro, celebrizado por La Lupe. Do mesmo modo, trata-se de um tema de amor em clave de despeito canalha (e como a voz de Héctor tem um travo canalha!). Mais espectacular ainda é a parte musical, cujo desenvolvimento está poderosamente assente em metais e ritmo, sobre um fundo orquestral grandioso. Daqui se retirou o trecho que foi utilizado para o menu da edição em DVD de El cantante. Pode ainda ser escutado, na versão original e na íntegra durante o genérico final. É, enfim, um clássico da salsa mais clássica. Porém, estão presentes outros temas excepcionais, como Felices horas, Vamos a reír un poco e Hacha y machete. É, em suma, um álbum de referência na história da salsa.
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Héctor Lavoe - Periódico de ayer in De ti depende (1976)

Flamenco (36)


Navajita Plateá / Alba Molina - Noches de bohemia

Flamenco (35) (2 remake)

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Manzanita - Mal de amores (1984)
Uma das vias de fusão do flamenco foi na direcção do cançonetismo. Esta via foi sempre uma ligação intermitente, transfigurada segundo as roupagens orquestrais das modas vigentes. Manzanita nunca a desprezou, mas é aqui que se lança nela plenamente. Fê-lo de um modo que constituiu uma ruptura na sua carreira. Com efeito, interrompendo a colaboração com o produtor José Luis de Carlos, fez esta gravação sob a direcção de Jorge Álvarez, vindo da área do pop/rock mais comercial. A CBS disponibilizou acrescidos recursos, os quais consistiram, por exemplo, na participação da Royal Philarmonic Orchestra e do maestro Luís Cobos. O rumo apontava, portanto, para caminhos mais comerciais. Em todo o caso, os resultados de vendas foram decepcionantes, tendo em conta os gastos de produção e as vendas atingidas por álbuns precedentes. Não segurou o seu público mais exigente e não conquistou públicos mais amplos. Sucede, contudo, que este álbum é merecedor de atenção. Os arranjos são pesados, ora dando protagonismo à caixa de ritmos, ora configurando um cançonetismo de aparato. Ainda por cima atreve-se a desplantes falhados, como pegar no La Bohème, de Aznavour, em moldes de zarzuela, ou na copla Los Piconeros com instrumentalização eléctrica... Outros excessos, porém, resultam magnificamente, como certas temas com letras liricamente toscas e de conteúdo ao estilo de macho castigador, onde avulta esse delicioso vademecum do género que é Sin darme cuenta. Nesta linha, o primeiro e último temas são também fortes e sublinham o mano a mano entre orquestrações pesadas e um desempenho vocal pleno de garra. Na verdade, a voz, entre o agreste e o aveludado, estava mais exuberante do que nunca. Para o bem e para o mal, tudo aqui é mais do que quente, é tórrido... Há coisas muito boas e muito más.
Com este álbum maldito, desenterraram-se alguns demónios relacionados com os seus antecedentes machistas (denúncias de assédio e opiniões tonitruantemente polémicas...) e começaram a esboçar-se sinais de uma decadência precoce. Depois do álbum seguinte, La quiero a morir, entrou numa fase de penumbra, de onde só chegaram os tímidos ecos da conversão a uma seita evangélica e os intermitentes testemunhos de uma carreira em retirada, através de uma série de álbuns menores.
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Manzanita - Lo averiguaste in Mal de amores (1984)

sábado, fevereiro 14, 2009

Memória do futebol (12)

Benfica: O mito dos 6 milhões
As informações sobre popularidade dos clubes de futebol são um terreno movediço que exige cautelas, já que mexe com muita paixão. Um exemplo: os 6 milhões de benfiquistas - mito que releva da megalomania. Nada sustenta esse número, na medida em que, na melhor das hipóteses, abrange todo o universo de adeptos de futebol em Portugal. Por outro lado, a diáspora da emigração portuguesa, se bem que extensa (para a proporção do universo de origem), está longe de significar um alargamento de grandeza absoluta que viabilize tal fantasia. Nem, tampouco, se se tiver em conta a população dos PALOPS que fala efectivamente português, e que podemos considerar aculturada, a qual, no total, mal passará dos 10 milhões (sobretudo, à conta de Angola).
Ora bem, pois sucede que recente sondagem da Sport+Markt confirma tudo o que admitia como provável: o universo dos que aqui em Portugal gostam de futebol é de 4,7 milhões. Os que fora de Portugal, na Europa, torcem por clubes portugueses são 2 milhões. Mas... mais interessante: o Benfica é, efectivamente, o clube português, de longe, com mais adeptos, mas são... 2,2 milhões. Em segundo, o FC Porto, com 1,3 milhões e, em terceiro, o Sporting, com 1,1 milhões. Adicionados os adeptos na Europa os resultados são estes: 2,9 (SLB), 1,9 (FCP) e 1,8 (SCP) milhões, respectivamente.
No fundo, estes dados encaixam nos que, em 1992, foram publicados por
A Bola, como resultado de uma extensa sondagem: Benfica - 40%; Sporting - 20%; FC Porto - 19%. Uma tendência anotada nessa sondagem apontava num sentido que, entretanto, se confirma: forte reforço do FC Porto pela maior penetração entre os jovens. Ver notícia do Expresso on line que reporta esta sondagem: Benfica só tem 2,2 milhões de adeptos.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Dancing days (22)



Rick Astley - Never gonna give you up (1987)

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Memória do futebol (11)

Clubes mais ricos do mundo
Hoje, na edição do Público, vem a lista dos clubes mais ricos do mundo. É já uma tradição dos últimos anos. Trata-se de um estudo elaborado pela Deloitte para a revista Four-Two-Four (Estudo original: Football Money League 2009).
De notar que é uma lista de rendimentos e não de despesas. Ou seja, difere de qualquer uma que se possa elaborar a partir dos dados mais comuns, referentes aos orçamentos anuais. Por outro lado, sublinhe-se que os critérios seguidos nesta rich list pretendem valorizar a efectiva riqueza estrutural de cada clube; assim, não são tidos em conta os valores correspondentes à venda de direitos desportivos dos jogadores, o que, aliás, torna ainda mais difícil que um clube português a integre - só o Benfica chegou, uma vez, a integrá-la - ver post Memória do Futebol (2).
Tem-se vindo a notar uma luta taco a taco pela liderança entre o Manchester Utd e Real Madrid. Este tem levado a melhor nos dois últimos anos, sendo que neste último, a queda da libra viabilizou a manutenção da liderança. Mas, nem mesmo este factor impediu que continue a haver uma expressiva hegemonia dos clubes da Premier League na lista. São 7 em 20; 4 entre os 10 primeiros.
Eis a lista:

Football Money League 2009

Real Madrid

365,8

M€
Manchester Utd 324,8 M€
Barcelona 308,8 M€
Bayern München 295,3 M€
Chelsea 268,9 M€
Arsenal 264,4 M€
Liverpool 210,9 M€
AC Milan 209,5 M€
AS Roma 175,4 M€
Inter 172,9 M€
Juventus 167,5 M€
OL 155,7 M€
Schalke 04 148,4 M€
Tottenham Hotspur 145 M€
Hamburger SV 127,9 M€
OM 126,8 M€
Newcastle Utd 125,6 M€
VfB Stuttgart 111,5 M€
Fenerbahçe 111,3 M€
Manchester City 104 M€

Memória do futebol (10)

Os clubes mais populares do mundo
Sobre o número de adeptos de clubes de futebol há sondagens cujos resultados se encontram na Internet. A maioria dos resultados apresentados são muito resumidos, mas sobre a Argentina, Brasil, Espanha e Itália encontram-se estudos detalhados. Sobre clubes de muitos outros países encontram-se apenas informações indirectas, nomeadamente em fóruns que discutem o assunto. Há ainda sondagens de uma empresa alemã de estudos do mercado desportivo mundial (Sport+Markt), que avaliam a popularidade global. Ponderando todos esses dados, mas tendo como referência o universo correspondente à área do respectivo campeonato nacional, construi este ranking, cujo valor, evidentemente, não é mais do que aproximativo... Notórias omissões (por exemplo, clubes fora da Europa e América Latina) resultam de completa carência de informações.




De 25 a 35 milhões de adeptos
BRA Flamengo Rio de Janeiro
De 20 a 25 milhões de adeptos
BRA Corinthians São Paulo
De 15 a 20 milhões de adeptos
RUS Zenith
Sankt-Peterburg
De 10 a 15 milhões de adeptos
ARG Boca Juniors Buenos Aires
BRA Palmeiras São Paulo
BRA São Paulo São Paulo
ENG Manchester Utd Manchester
ESP Real Madrid Madrid
GER Bayern München
ITA Juventus Torino
De 7,5 a 10 milhões de adeptos
ARG River Plate Buenos Aires
BRA Vasco da Gama Rio de Janeiro
ESP Barcelona Barcelona
FRA OM Marseille
ITA AC Milan Milano
RUS CSKA Moskva
RUS Spartak Moskva
TUR Fenerbahçe İstanbul
TUR Galatasaray İstanbul
UKR Dynamo Kyyiv Kyyiv
De 5 a 7,5 milhões de adeptos
BRA Cruzeiro Belo Horizonte
BRA Grêmio Pôrto Alegre
ENG Arsenal London
ENG Liverpool Liverpool
FRA OL Lyon
ITA Inter Milano
MEX Chivas Guadalajara
NED Ajax Amsterdam
POL Wisla
Kraków
RUS Dinamo Moskva Moskva