Eis uma das mais recentes demonstrações da heterodoxia do nuevo flamenco: Falete. Com efeito, este extravagante personagem entrou como um furacão num universo onde, apesar de tanta vitalidade e imaginação, não se tinha ainda visto um fenómeno assim: um descarado maricón, com um registo artístico correspondente. O crucial é, precisamente, o registo artístico, que é brilhante - uma sofisticada mistura de flamenco e copla, onde sobressaem as capacidades interpretativas. Na verdade, o artificialismo do personagem que Falete compõe, só tem valor por causa do genuíno sentimento da sua interpretação, patente no tom de voz e no arrebatamento (sem cair no histérico), que são credores das tradições confluentes do flamenco e copla. Além disso, note-se, não é apenas a imagem que é cuidadosamente produzida, o mesmo é extensível ao domínio estritamente musical.
Este álbum, o segundo, está exclusivamente integrado por temas do compositor Manuel Alejandro. Sobressaem dois: Puta Mentira e Sevilla. Poucas cidades têm sido tão cantadas como a capital andaluza. Contudo, entre as de mais recente lavra, esta homenagem de Manuel Alejandro conseguiu merecida projecção na voz de Rocío Jurado (cujo estado de saúde é, neste momento, grave). Pois sucede que Falete, seguindo inevitalmente outras pisadas, como que recria o tema de forma brilhante. Na sua página web, depois de se ter feito a divulgação do primeiro álbum e do contexto do aparecimento do artista (programa Ratones Coloraos, de Jesús Quintero,
terça-feira, março 21, 2006
Flamenco (15)
Falete - Puta Mentira (2006)
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3 comentários:
¿Para cuando un post con grandes elogios al diario madrileño ABC del Grupo Vocento?
Ha fallecido la gran cantora castellana Rocio Durcal. Descanse en Paz.
Jose Curbelo, Rumba Gallega, 1946-1951
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