Felipe Fernández-Armesto (dir) - Los hijos de Zeus / Pueblos, etnias y culturas de Europa (1994)
Bem perto de nós há lugares distantes. Frequentemente se esquece que a Europa é um denso mosaico de povos, etnias e culturas. Muitas vezes as diferenças entre vizinhos são dramáticas. Para alá da retórica, os europeus ignoram-se mutuamente, mais do que se supõe. Por detrás de lugares-comuns desde há muito entranhados, cada povo encarregou-se de fixar uma imagem e opinião sobre a vizinhança e estas ficaram fixadas ao longo dos tempos. A maior parte das vezes esta percepção da vizinhança é francamente hostil, por razões compreensíveis ou não - em larga medida este cenário sustentou um passado de guerras... Seja como for permanece uma espantosa ignorância - quem sabe, por exemplo, que a afinidade linguística entre finlandeses e escandinavos é quase nula? Que o mesmo se pode dizer da afinidade dos húngaros com os seus vizinhos eslavos? Ou que os bascos a terem alguma remota afinidade é, precisamente com hungaros e finlandeses? Quem tem a noção de que o que é hoje toda a periferia da França foi até finais da Idade Média um denso mosaico de línguas? Quem sabe que, desde finais da Idade Média as elites do Noroeste de Itália se tornaram francófonas e as do Norte e Nordeste germanófonas? Todas estas coisas e muitíssimas mais constam desta autêntica enciclopédiazinha - obra colectiva, dirigida pelo professor espanhol de Oxford, Fernández-Armesto. Para mim é um vademecum.
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