Fotos da Revolução Mexicana (in The New York Times)
Emiliano Zapata (1915); Coluna revolucionária (1913); Mulheres à porta da prisão de Belén (México, DF) (1920)
Zapata e Villa são os dois mais importantes mitos da Revolução Mexicana. Contudo a relevância que ambos tiveram no imenso complexo desse movimento foi menor do que à primeira vista se possa supor, quanto mais não seja porque estavam à margem das facções vitoriosas. Por outro lado, o conteúdo social que se pode associar a ambos é também incorente e difuso, sobretudo no que diz respeito a Pancho Villa. Este último, aliás, está muito próximo do banditismo tradicional e integra-se num conjunto de caudilhismos plebeus que nessa época imperou por todo o México Norteño. Zapata tem pouco a ver com essa matriz. Emerge no Centro/Sul, no coração do mais tradicional México indígena, sobre um explosivo caldo de terríveis desigualdades sociais centradas em torno da terra. Há efectivamente uma fortíssima pulsão social no zapatismo. De algum modo esta vertente acabou por ser incorporada teoricamente nos valores vitoriosos da Revolução e acabou, na prática, por sustentar a reforma agrária dos anos trinta, com Lázaro Cárdenas.
1 comentário:
¿El rubio mejicano?
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