Notas de férias: Paisagem Urbana
Muitas das coisas relativamente surpreendentes que pude apreciar nessas férias em New Jersey já contava com elas. Contudo, uma das que verdadeiramente me surpreendeu foi a paisagem urbana. Não foi o facto de a esmagadora maioria das casas das zonas habitacionais serem vivendas unifamiliares de madeira - algo que já sabia de antemão, embora a sua proporção superasse o imaginado. Foi, isso sim, a amplitude de espaços e a quantidade de espaços verdes nas zonas habitacionais. Esta observação não é válida para Nova Iorque, propriamente dita, mas aplica-se a toda a zona norte do estado de New Jersey e, presumo, a toda a vastíssima área periférica da Grande Nova Iorque. Quando ressalvo o caso de Mannhathan, há que ter a noção da sua especificidade - uma ilha longuilínia com uma saturadíssima densidade urbana - e não esquecer que no seu centro se implanta aquele que deve ser o maior parque urbano do mundo - Central Park. Por todo o norte do estado de New Jersey as cidades não tem semelhança alguma com as cidades periféricas das áreas metroplitanas europeias. Estendem-se por vastas superfícies e consistem em aglomerados de vivendas no meio de baldios abertos (nos piores casos) ou no meio de autênticos bosques (nos melhores). As árvores e os revaldos estão presentes em grande quantidade. Pensava que este facto seria uma constante da América do Norte, mas que esta região seria uma das pontuais excepções. Assim não é. Passa-se o Hudson e o que mais há é espaço. Apesar da densidade populacional estar muito longe de ser baixa, não faltam espaços residenciais de grande sossego. O centro de cada uma dessas cidades suburbanas (com parcial excepção de Newark), limita-se a ser um cruzamento com semáforos e um par de edifícios de pedra e meia dúzia de lojas. A construção em altura é uma absoluta excepção que concide com estes pontos. As zonas residencias têm pouco comércio e um movimento escasso. Enfim, é um pleno contraste com Nova Iorque.
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