sexta-feira, novembro 26, 2004

Salsa y merengue (5)

Célia Cruz (1924-2003)

A salsa é de Nova Iorque, mais do que de outro lugar. Na área metropolitana desta cidade vivem cerca de três milhões de hispanos, ou seja, quase um quinto do total da população. Aí, em muitos sítios, a língua mais comum é o castelhano. Há muitas estações de rádio e de TV que emitem exclusivamente em castelhano. À semelhança do que ocorre por todos os Estados Unidos, os hispanos, mais do que uma comunidade, constituem um conglomerado de comunidades. Se, na imensidão que vai do o Texas até à California predominam os chicanos, na Florida predominam os cubanos. Sucede que em NY predominam os porto-riquenhos. Pois foi entre a comunidade porto-riquenha que surgiu a salsa, em meados dos anos 70. Contudo, os seus antecedentes entroncam-se no son cubano e alguns dos seus mais destacados protagonistas foram cubanos exilados. Com efeito, se a cubana La Lupe pode ser considerada um "pré-arranque" da salsa, outra cubana, Célia Cruz, é indiscutivelmente o nome maior da salsa propriamente dita. Daí, aliás, ter sido conhecida como la reina de la salsa. Recentemente desaparecida, a artista permanece como um dos mais poderosos símbolos do muundo hispano nos Estados Unidos.

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