O grupo Al Tall tem neste álbum um dos pontos mais altos de uma carreira dedicada à musica popular valenciana. Sucede que este trabalho desenvolve-se sob um conceito que se relaciona com as ocorrências da Guerra de Sucessão de Espanha, designadamente a batalha de Almansa (1707) (Um aparte para mencionar que Portugal teve uma destacada participação nesta guerra, ao lado, da Inglaterra, apoiando o Arquiduque Carlos de Áustria). Almansa, pela sua posição geográfica, era a tradicional porta de entrada na região valenciana para quem vinha da meseta castelhana. Aí se deu esta batalha que ganhou carga simbólica: a perda das liberdades forais do Reino de Valencia. Movimentos radicais pan-catalanistas têm-se esforçado por conferir um significado ainda mais profundo: o da perda de uma certa unidade e auto-governo de uma realidade que designam como Países Catalães. Al Tall está próximo desta perspectiva, mas deve-se sublinhar que é, hoje em dia, uma perspectiva minoritária na sociedade valenciana, onde o nacionalismo é inexpressivo e onde impera o regionalismo, que tem assumido uma feição anticatalanista. Nesta linha, os estereótipos da identidade valenciana têm acarinhado até à exaustão os elementos folclóricos, sublinhando neles aquilo que, segundo a sua interpretação voluntarista, os diferenciam do que é catalão. Em todo o caso, desta linha ideológica não veio jamais um trabalho sério dentro da música popular como o que Al Tall tem desenvolvido e, muito menos, alguma abordagem conceptual do calibre daquela que o álbum aqui em apreço demonstra. Deste e de outros álbuns do grupo ficamos com uma ideia de que a música popular valenciana está num lugar de intercepção entre a alegria da jota aragonesa, o virtuosismo instrumental catalão e o vigor telúrico de percussões berberes.
Um nota final para o que o cavalo da capa e contra-capa sugere: a estátua equestre do caudillo no centro da cidade de Valencia - a mais imponente de todas as que existiram em várias cidades espanholas. Em devido tempo foi retirada - precisamente por altura da edição do álbum. Há aqui uma analogia entre o primeiro rei da dinastia Bourbon, Filipe V, vencedor de Almansa, com o descavalgado caudillo - uma espécie de vingança da história...
Um nota final para o que o cavalo da capa e contra-capa sugere: a estátua equestre do caudillo no centro da cidade de Valencia - a mais imponente de todas as que existiram em várias cidades espanholas. Em devido tempo foi retirada - precisamente por altura da edição do álbum. Há aqui uma analogia entre o primeiro rei da dinastia Bourbon, Filipe V, vencedor de Almansa, com o descavalgado caudillo - uma espécie de vingança da história...
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10 comentários:
El gran actor valenciano Antonio Ferrandis (Volver a empezar, Vota a Gundisalvo, Verano Azul).
TVE Internacional, Programa "Por la mañana", de 11,30 a 14,00 horas; magazine presentado por la valenciana Inés Ballester y Manuel Giménez. Lo equivalente en Portugal sería un magazine presentado por Fátima Campos Ferreira y Moita Flores.
Sugerencia para la señorita Inés Ballester: sería muy interesante y de verdadero servicio público organizar una mesa redonda con los siguientes contertulios: Edmundo Moreira Tavarés (Blog Soy un perro callejero), Paulo Cunha Porto (Blog O misantropo enjaulado), Alfredo Pérez Alencart (Centro de Estudios Iberoamericanos) y Rafael Castela Santos (Blog A casa de Sarto, Blog Nova Frente). Las relaciones luso- españolas a examen a la luz de la sensatez.
Gran escritor levantino: Fernando Vizcaino Casas.
Segundo club de don Alfedo di Stéfano: Valencia C.de F.
Revista infantil valenciana de comic "Pumby" de Sanchís. ¿También se publicaba en Portugal?
El marisco de Vinaroz
Grupo humoristico- musical : Els Pavesos.
Asalto al chalet del yerno de Ferrys en Canals.
Dinastia francesa de los Borbones
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