quarta-feira, novembro 23, 2005

Castilla (11): Castilla y León

Segovia
Segovia é uma das cidades que mais aprecio. Visitei-a por duas vezes. Ambas foram visitas curtas. A primeira foi há cerca de dez anos, numa incursão a Madrid, em finais de Janeiro. A segunda foi há pouco mais de três anos em finais de Julho, também numa viagem a Madrid. O facto da cidade estar situada apenas a cerca de 60 km da capital, torna-a numa oportuna visita complementar.
Da primeira vez, fui com um grande amigo brasileiro, um paulista castiço, que esteve a trabalhar cá em Portugal como técnico informático durante meia dúzia de anos e que, infelizmente, um dia resolveu voltar para a sua terra. Fomos no meu carro só os dois. Eu com o objectivo rotineiro de comprar livros e discos. Ele com o objectivo de conhecer mais alguma coisa da Europa, para além de um pequeno país que, por obrigações profissionais e facilidade em estabelecer amizades, já começava a conhecer razoavelmente. Pelo caminho tive oportunidade de lhe demonstrar como Estremoz e Elvas eram admiráveis. Depois, atalhando pelas desinteressantes paisagens da Extremadura, só paramos para almoçar num restaurante de estrada perto de Talavera de la Reina. Em Madrid cumpriu-se ainda nesse dia e no seguinte, o plano de escrutínio por livrarias e lojas de discos. Mesmo assim ainda deu para marcar o ponto no Museu do Prado. No dia seguinte, sábado, pôs-se três hipóteses: Toledo, Escorial ou Segovia. A opção por esta última não se deveu tanto ao facto de enriquecer o meu inventário de lugares conhecidos, como ao facto de o caminho poder, eventualmente, proporcionar ao meu amigo a inédita visão de neve. Com efeito, era pelo Puerto de Navacerrada que eu queria ir, tanto mais que, logo a seguir, estava o Palacio Real de La Granja. Infelizmente, o Inverno ia invulgarmente seco e nos cumes da Sierra de Guadarrama a neve era pouca. Ainda assim, ele teve oportunidade de sentir entre os dedos alguns flocos de neve.
Atrasámo-nos tanto no alto da serra que não paramos em La Granja. Com efeito, pretendendo estar de volta em Madrid às 5 e querendo passear com detença pela cidade do Aqueduto, achei que era justificável tal grosseria. Mal sabia eu ainda que iria penar uma hora, cirandando por estreitas ruas da cidade em desesperada busca de um lugar de estacionamento… Se sempre me considerei aselha para detectar lugares de estacionamento, neste caso concreto, havia ainda a necessidade de deixar o carro num lugar central, visto o meu amigo ter problemas de locomoção. Não vou dar conta das belezas específicas da cidade, que sendo pequena, tem uma elevada concentração de monumentos admiráveis. Vou apenas sublinhar quatro aspectos: frui o seu carácter genuinamente castelhano; deliciei-me com um estupendo cordero asado num mesón da Plaza Mayor; encantei-me com uma panorâmica estratégica do Alcázar; emocionei-me com a visão dos campos de Castilla que começam onde a cidade acaba.
A segunda visita foi também no meu carro, nas na companhia do meu filho e de um casal amigo e vizinho. O caminho de ida foi o mesmo, só que, detive-me em La Granja (magníficos jardins!), a estadia em Segovia foi mais abreviada e, depois, segui para Pedraza de la Sierra, mais para o nordeste da província. A villa é belíssima e também aí comi um notável cordero asado. Infelizmente, não tive tempo para ir a Turégano e Sepúlveda, como tencionava, mas, mais ainda do que na vez anterior, pude admirar a grandeza (em todos os sentidos) dos campos de Castilla.

6 comentários:

Anónimo disse...

Zamarramala, donde gobiernan las mujeres un dia al año.

Anónimo disse...

Los dioramas con escenas de caza del Palacio de La Granja.

Anónimo disse...

Editorial Cultrix, de Sao Paulo; excelentes traducciones de libros norte-americanos.

Anónimo disse...

Campos de Castilla emocionantes : los de Avila capital (Vallamblés) y los de Medina del Campo.

Anónimo disse...

Pinares de Balsain, lugar de rodaje de la pelicula La caida del Imperio Romano.

Anónimo disse...

Corrección: los dioramas están el el Palacio de Riofrio.