sexta-feira, abril 17, 2009

Salsa y merengue (45)

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Willie Colón - The hustler (1968)
Se houvesse qualquer coisa como uma certidão de nascimento da salsa não andaria muito longe de algo assim: filha do boogaloo e da latin soul, nascida em Nueva York, Spanish Harlem, em finais dos anos 60, no seio da grande família musical afro-cubana com mestiçagem jazzística. Padrinhos: Jerry Masucci e Johnny Pacheco (Fania).
Este álbum aponta directamente para esse processo de criação. Após um primeiro álbum, Willie Colón aponta definitivamente caminhos inovadores, que reconhecemos, posteriormente, como salsa fundadora. Não foi o único. Dentro da editora Fania, ou na sua periferia, outros (Johnny Pacheco, Joe Cuba, Celia Cruz, Ray Barretto) também davam corpo ao invento. Mas Willie Colón é o que tem mais importância, pela repercussão que imediatamente teve e pela polifacética trajectória que, desde então, foi protagonizando como compositor, instrumentista, director de orquestra, produtor, descobridor de talentos e, até, como vocalista. Está na vanguarda e é o mais influente. Ele com... a sua afectada imagem rufia (era, de facto, de South Bronx); ...a sonoridade brutal dos seus trombones; ...o virtuosismo dos seus percussionistas e do seu pianista; ...o seu lendário vocalista, Héctor Lavoe. Ele, enfim, com 19 anos (com esta idade gravava este seu segundo álbum!) e iniciando assim, verdadeiramente, a história da salsa, que, em certa medida se tem confundido com a sua própria trajectória artística.
O que mais impressiona nesta salsa fundadora é a força da matriz rítmica afro-cubana. Não há música hispânica mais africana do que esta, como atesta a percussão esmagadora e, ainda por cima, reforçada com a rudeza dos trombones. E como se não bastasse... ainda há Héctor Lavoe, La Voz !
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Willie Colón - The hustler in The hustler (1968)

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