Na origem da salsa foram decisivos artistas como a cubana Célia Cruz, o porto-riquenho Tito Puente, o panamenho Rubén Blades e produtores como Ralph Mercado. Todos convergiram nos meados de 70, em Nova Iorque, tecendo inovadores cruzamentos de son, mambo, jazz e rock... A cubana estabeleceu-se como la reina de la salsa e nesse indisputado trono permaneceu até ao fim da vida. Porém, deixou uma sucessora, à qual consentiu o apodo de princesa de la salsa. Trata-se de India. Lançada por Ralph Mercado - produtor hegemónico no universo salsero - e apoiada por tão fortes credenciais, a jovem teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades. Entre estas destacam-se a garra interpretativa e a voz poderosa. Parcialmente limadas certas arestas (a saber, alguma estridência), chega a este seu segundo álbum. Apoiada por adequados meios de produção, India vê-se consolidada como princesa de la salsa - algo que foi reforçado por uma imagem de mulher agressiva e descomplexada. Ora, importa salientar que este álbum torna-se incontornável por Ese hombre (música de Manuel Alejandro; letra de uma tal Ana Magdalena). Originalmente interpretada por Rocío Jurado, dir-se-ia (sem nenhum desprimor para a andaluza) que a canção encontra finalmente a voz e o estilo a que estava destinada... É um explosivo concentrado de despeito feminino em forma de insulto, disparado com toda a fúria salsera. É insólito e grandioso! Por alturas de 1994-95 ouvia-se assiduamente em Espanha através das ondas da Cadena Dial...
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India - Ese hombre in Dícen que soy (1994)
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