Em 1971, em plena maré ascensional da nova cançó, Maria del Mar Bonet publica o seu segundo álbum. Um ano antes havia publicado o primeiro, Maria del Mar Bonet (Fora d’es sembrat), mas já em 1967 e 1968 havia publicado um single e dois EP’s, respectivamente. Tinha pouco mais de 20 anos, possuía um timbre de voz melodioso e dedicava-se, especialmente, a recriar temas populares maiorquinos. Nesta orientação convergiam duas linhas: a canção de intervenção e o folk. O álbum confirma a orientação, embora também inclua temas de pura canção de texto, de poetas e compositores reconhecidos, assim como temas da sua autoria. Aliás, Cançó per una bona mort e Mercé (este último uma homenagem à sua mãe) são ambos de sua autoria e são os melhores. Apesar de um pouco desigual, há neste álbum uma frescura e um lirismo encantadores. De notar que a reedição em CD é feita a partir da reedição em LP feita dez anos depois da primeira edição, incorporando um tema que não constava originalmente, embora tivesse sido editado na mesma época. Esse tema é L’águila negra - versão catalã de L’aigle noire, de Barbara - e acabou por ser utilizado como título das reedições, já que o original ostentava como título, apenas, o nome da cantora.
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Maria del Mar Bonet - Mercé in Maria del Mar Bonet (L'águila negra) (1971)
Maria del Mar Bonet - Mercé in Maria del Mar Bonet (L'águila negra) (1971)
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