quarta-feira, julho 19, 2006

Tiro ao Alvo (11)

Israel vs Hezbollah
Acabou o Mundial de Futebol. Parece que os homens do Hezbollah intercalavam as suas orações com um empenhado seguimento das gestas futebolísticas em curso nos relvados alemães. Nem a precoce eliminação da selecção dos seus líderes espirituais, o Irão, fez diminuir demasiado tal empenho. Chega a final, a cabeçada de Zidane, a taça para a squadra azzurra. Acaba o Mundial. Subitamente desapossados destes entretenimentos, resolvem, talvez para matar o tédio, proceder a alguma bravata solidária com os seus amigos do Hamas, os quais, aliás, estiveram sempre menos atentos ao Mundial...
Enfim, o assunto é desgraçadamente mais sério para poder sustentar frivolidades. A verdade é que estes terroristas (não esquecer a sua essência!) praticaram actos de guerra contra um país de dimensões mínimas e acossado desde a sua origem, cuja viabilidade só é possível com a disposição incondicional e imediata para responder a desafios desta natureza. Há quem refira a soberania de um país, o Líbano, a existência de um governo que, aliás, estava agora em processo de se libertar da degradante tutela síria. Mas que raio de país soberano é esse que permite e ampara a existência de um autêntico estado independente dentro do seu seio, cuja essência é, precisamente, constituir-se em ameaça à existência de um estado vizinho? O vigor da resposta israelita é resposta legítima a actos de guerra e é, sobretudo, condição essencial para fazer valer o seu direito à existência através do exercício do elementar da auto-defesa.

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