sexta-feira, abril 28, 2006
Asturias (3)
Asturias (2)
Os centros históricos destas cidades estão cuidados e integrados na vitalidade urbana. Com efeito, há aí múltiplas ruas pedonais, movimentadas e plenas de actividades de comércio, serviços e lazer.
terça-feira, abril 25, 2006
Viagens (32): Norte de Itália / Julho - Agosto de 2001 (1)
Como o céu estava limpo e ia junto a uma janela, lá fui identificando uma após outra as localidades avistadas. Mal dei por mim, estávamos em Barajas, que é enorme – uma babilónia quase com as proporções de Charles de Gaulle, mas sem linhas futuristas. Os anúncios pelo sistema sonoro, lembravam-nos que estávamos em Espanha, quer pelo escorreito castelhano (que, aliás, tão pouco se vai ouvindo no dia a dia espanhol), quer por aquela pronúncia inglesa que só os espanhóis têm. Na verdade falam inglês, submetendo-o com tranquilo desplante ao sotaque castelhano...
No avião que nos levaria a Milão, metade da população era espanhola, metade era italiana, o que se constatava através dos que retiravam da bandeja o El País ou o Corriere della Sera. Continuei a ter a sorte de ir à beira da janela e do céu estar limpo. Vi a imensidade das terras áridas de Teruel até aos limites do Maestrat, na confluência com a Catalunha. Depois, avistei Amposta, o delta do Ebro e daí para diante mar. Imaginei que, como a rota seguia paralela à costa, quem estava junto às janelas do outro lado, teria o privilégio de ver Barcelona…
Depois dos Alpes, a Itália chegou aos meus olhos com os campos da Lombardia, que estendiam-se planos e verdejantes, arrumados geometricamente. Múltiplos povoados concentrados surgiam desse verde. O nítido curso do Pó permitiu-me identificar Piacenza. Aterrámos em Malpenza, um dos dois aeroportos que servem Milão. Fica a, nem mais nem menos, 60 km da cidade!
Já tinha planeado o percurso da viagem. Fizera marcações on-line não só para os hotéis como para o aluguer de automóvel. A primeira coisa a fazer era procurar a Hertz.
O moderno aeroporto faz jus aos méritos do design italiano. Os tons verdes e a visível qualidade dos materiais dão o mote a um estilo sóbrio. É nestes aspectos que a sensibilidade italiana sobressai... Há, como o resto da viagem haveria de confirmar, um natural bom gosto nos cenários comuns da vida quotidiana.
No escritório da Hertz tive a precisa noção de que tinha acabado de entrar no domínio da mais bela das línguas. O meu primeiro diálogo, contudo, processou-se através de um inglês elementar. O carro que nos estava destinado era.... um Ford Ka, aquele ínfimo ovinho!
Cuore matto (2)
NOSTALGICO SHOW (JULA DE PALMA)
LOVE IN PORTOFINO (DALIDA)
COME PRIMA (TONY DALLARA)
ESTATE (BRUNO MARTINO) 1960
ADDIO ADDIO (DOMENICO MODUGNO) 1962
QUANDO, QUANDO, QUANDO (TONY RENIS) 1962
SAPORE DI SALE (GINO PAOLI) 1963
UNA LACRIMA SUL VISO (BOBBY SOLO) 1964
UN BUCO NELLA SABBIA (MINA) 1964
SE TELEFONANDO (MINA) 1965
HO CAPITO CHE TI AMO (LUIGI TENCO)
CIAO AMORE, CIAO (LUIGI TENCO ) 1967
LA BAMBOLA (PATTY PRAVO) 1968
GRANDE, GRANDE, GRANDE (MINA) 1971
IL MIO CANTO LIBERO (LUCIO BATTISTI) 1972
PAROLE PAROLE (MINA) 1972
UN GRANDE AMORE E NIENTE PIÙ (PEPPINO DI CAPRI) 1973
E POI... (MINA) 1973
BELLA SENZ'ANIMA (RICCARDO COCCIANTE) 1974
IL CONTINENTE DELLE COSE AMATE (ORNELLA VANONI) 1974
PRIME ORE DEL MATTINO (ORNELLA VANONI) 1974
UN MONDO DI PIÙ (ORNELLA VANONI) 1974
L'IMPORTANTE È FINIRE (MINA) 1975
ANCORA, ANCORA, ANCORA (MINA) 1978
MAGICA FOLLIA (MINA) 1982
ROSE SU ROSE (MINA) 1984
I TRENI DI TOZEUR (FRANCO BATTIATO) 1984
UN POMERIGGIO E 1/2 (MILVA) 1986
CHIAMAMI ADESSO (PAOLO CONTE) 1992
sábado, abril 22, 2006
Viagens (31)
09 Covadonga (Santuário)
08 Gijón (Cidade)
09 Oviedo (Cidade )
10 Picos de Europa: Lagos de Covadonga (Serra)
08 Sierra de Cuera (Serra)
07 Caudal (Vale)
08 Villaviciosa (Localidade)
10 Picos de Europa: Fuente-Dé (Serra)
09 Potes (Localidade)
08 San Vicente de la Barquera (Localidade)
09 La Liébana (Vale / Serra)
10 San Sebastián (Cidade) Guipúzcoa
08 Bilbao (Cidade) Vizcaya
sexta-feira, abril 21, 2006
Asturias (1)
Recém-chegado ao rol, esta colecção também demonstra méritos para se tornar uma referência. Não se trata apenas da privilegiada matéria-prima (as paisagens asturianas) - a qualidade técnica e o conceito são excepcionais. Na verdade, o conceito não varia muito do modelo dominante, só que é superior no detalhe. Este facto manifesta-se na quantidade e natureza das informações transmitidas pela locução, na aproximação das imagens tomadas de helicóptero e na adequada lentidão dos travelings de câmara. Além disso, há também imagens tomadas do solo e no interior de alguns edifícios importantes. Destaque-se ainda a banda sonora musical, de Manuel Pacho. Exclusivamente instrumental e dominada por teclados electrónicos, sugere constantemente tons e ambientes que vulgarmente se convencionaram designar como célticos. Seja como for, é particularmente adequada às paisagens asturianas e evoca eficazmente a música popular da região. Para quem ainda ignora a espectacularidade da "Espanha Verde" esta colecção pode ser o início de uma surpresa.
quarta-feira, abril 19, 2006
domingo, abril 16, 2006
quinta-feira, abril 06, 2006
Mediterráneo / Mediterrània (29): Mallorca
Maria del Mar Bonet - Maria del Mar Bonet (Sonet) (1974)
Este é o terceiro álbum de Maria del Mar Bonet. Foi o primeiro gravado para a editora Ariola. Apresenta um distintivo inconfundível: a capa, da autoria do pintor Joan Miró (A edição em CD é mais um exemplo de empobrecimento em relação às edições originais, em vinil). Os velhos LPs eram susceptíveis de complementos artísticos desta natureza - algo que nos anos 70 ocorreu com frequência. Contudo, o contributo de um pintor como Miró era, evidentemente, invulgar (também ocorreu num álbum do cantautor Raimon). Quanto ao conteúdo musical deve-se dizer que não desmerece. Não é um dos melhores álbuns de Maria del Mar Bonet, mas, tendo em conta o elevado nível da primeira metade da sua carreira, dizer que estará na média já é significativo.
É o primeiro álbum que não está dominado pelo folk maiorquino. Impera a canção ligeira de corte clássico, com arranjos cuidados, mas convencionais. Com excepção de um par de temas com letra da própria Maria del Mar Bonet (Vigila el mar e Jo viajava amb tu) todos os demais são construídos sobre poemas de autores maiorquinos da primeira metade do século XX, com destaque para Bartomeu Rosselló-Pòrcel. Notável é também a participação do cantautor madrileno Hilario Camacho que é o compositor de todas músicas, com excepção de Desolació. Este facto ainda é mais notável se se tiver em conta que nunca foi muito expressiva a colaboração de nomes estranhos à catalanofonia no universo da nova cançó. Há um tema dedicado a Sóller - uma melodia construída sobre um poema de Rosselló-Pòrcel que consegue sugerir impressivamente o ambiente do vale, impregnado de aroma de laranjais e de uma lânguida doçura de vida provinciana. O mais destacado é, porém, Vigila el mar, que foi, talvez, uma das canções cantadas em catalão que mais projecção teve em toda a Espanha. Não deixa de ser uma melodia simples (embora bem construída e magnificamente arranjada), sobre uma pobre letra de lirismo ecológico vulgar... Na verdade, uma boa parte do segredo reside num elemento óbvio: a voz de Maria del Mar Bonet.
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Audio Sampler El Corte Inglès Música
terça-feira, abril 04, 2006
Dancing Days (12)
No início dos anos 80 o disco sound estava
Não mais tive notícias de Pino d'Angiò até uma recente reaparição... como participante numa curiosa variante de Big brother, Esta cocina es un infierno. da espanhola Tele
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Viagens (29): Mallorca / 2005 (1)
Há muito tempo que tinha curiosidade em ir a Mallorca e, em particular, a esse destino específico. Sucede que tenho no meu quarto duas sugestivas gravuras de Sóller, uma das quais apresentando uma vista a partir de um plano semelhante ao da primeira foto. Eram do meu pai, o qual, no início dos anos 50 aí esteve de férias. Descreveu-me várias vezes os encantos desse lugar, assim como de um lugar próximo, Valldemossa, onde Chopin passou uma temporada na companhia de George Sand. Fui num velho comboio, mantido com finalidades turísticas e que se conserva praticamente como nos tempos em que o meu pai o conheceu (segunda foto). Os atractivos do passeio começaram precisamente neste simpático meio de transporte - um arcaismo que, além do mais, proporciona paisagens atraentes. Tanto na ida como na vinda ia cheio - tudo turistas, a grande maioria alemães, os quais, diga-se de passagem, têm na ilha uma presença massiva. Dir-se-ia que para reforçar o sabor retro, a composição saiu de Palma com o atraso de mais de uma hora, por avaria... (Continua)
Página Web Ferrocarril de Sóller
Página Web Ajuntament de Sóller
segunda-feira, abril 03, 2006
Viagens (28)
1ª coluna: classificação - escala de 1 a 10; 2ª coluna: lugar; 3ª coluna: tipo de lugar.
06 Alcabideche (Subúrbio)
07 Algés (Subúrbio)
05 Alverca do Ribatejo (Subúrbio)
06 Amadora (Subúrbio)
06 Barcarena (Localidade)
06 Belas (Localidade)
01 Brandoa (Subúrbio)
06 Bucelas (Localidade)
03 Cacém (Subúrbio)
06 Caneças (Subúrbio)
01 Carenque (Subúrbio)
06 Carnaxide (Subúrbio)
02 Casal de Cambra (Subúrbio)
08 Caxias (Subúrbio)
09 Colares (Localidade)
09 Costa do Estoril (Costa)
08 Costa Praia Grande - Ericeira (Costa)
09 Dafundo / Cruz Quebrada (Subúrbio)
02 Damaia (Subúrbio)
09 Estoril / Cascais (Cidade)
10 Guincho (Costa)
07 Linda-a-Velha (Subúrbio)
09 Lisboa (Cidade)
07 Lourel (Localidade)
06 Loures (Localidade)
06 Malveira (Localidade)
08 Malveira da Serra (Localidade)
04 Massamá / Queluz Ocidental (Subúrbio)
07 Mem Martins (Subúrbio)
03 Mira-Sintra (Subúrbio)
04 Moscavide (Subúrbio)
04 Odivelas (Subúrbio)
07 Oeiras (Subúrbio)
08 Paço d'Arcos (Subúrbio)
08 Parede / Carcavelos (Cidade)
06 Pero Pinheiro (Localidade)
04 Porto Salvo (Subúrbio)
05 Queluz (Subúrbio)
04 Queluz de Baixo (Subúrbio)
05 Rio de Mouro (Subúrbio)
04 Sacavém (Subúrbio)
04 São Domingos de Rana (Subúrbio)
10 Serra de Sintra (Serra)
10 Sintra (Cidade)
07 Vale de Lobos / Sabugo (Localidade)
07 Vila Franca de Xira (Localidade)
08 Alcochete (Localidade)
05 Amora / Fogueteiro (Subúrbio)
03 Baixa da Banheira (Subúrbio)
07 Barreiro (Cidade)
04 Charneca da Caparica (Localidade)
05 Corroios (Subúrbio)
07 Costa da Caparica (Localidade / Praia)
05 Cova da Piedade (Subúrbio)
07 Feijó (Subúrbio)
05 Laranjeiro (Subúrbio)
04 Monte da Caparica (Subúrbio)
07 Montijo (Cidade)l
04 Quinta do Conde (Localidade)
07 Seixal (Localidade)
05 Trafaria (Localidade)
Il bel paese (1)
Le Lac Majeur
Il neige sur le lac Majeur
Les oiseaux-lyre sont en pleurs
Et le pauvre vin italien
S'est habillé de paille pour rien ...
Des enfants crient de bonheur
Et ils répandent la terreur
En glissades et bombardements
C'est de leur âge et de leur temps
J'ai tout oublié du bonheur
Il neige sur le lac Majeur
J'ai tout oublié du bonheur
Il neige sur le lac Majeur
Voilà de nouveaux gladiateurs
Et on dit que le cirque meurt
Et le pauvre sang italien
Coule beaucoup et pour rien...
Il neige sur le lac Majeur
Les oiseaux-lyre sont en pleurs
J'entends comme un moteur
C'est le bateau de cinq heures
J'ai tout oublié du bonheur
Il neige sur le lac Majeur
J'ai tout oublié du bonheur
Il neige sur le lac Majeur
Cuore matto (1)
Eis aqui o seu texto:
Un cuore matto che ti segue ancora
giorno e notte pensa solo a te,
e non riesco a fargli mai a capire
che tu vuoi bene a un altro e non a me.
Un cuore matto, matto da legare,
che crede ancora che tu pensi a me,
non è convinto che sei andata via,
che m'hai lasciato e non ritornerai...
Digli la veritàe forse capirà;
perché la veritàtu non l'hai detta mai...
Un cuore matto che ti vuole bene
e ti perdona tutto quel che fai,
ma prima o poi tu sai che guarirà,
lo perderai, così lo perderai...
Un cuore matto, matto da legare...
É através da brisa da Riviera Ligure, entre San Remo e Portofino, por entre um certo glamour latino, um pouco ao estilo anúncio Martini, que esta rubrica Cuore Matto se propõe evocar os tempos áureos da canção italiana. Entre tantos artistas cujo esplendor esmoreceu há muito, apagados os flashes dos paparazzi, desvanecidos os faustos das produções da RAI (a preto e branco... ) de Sabbato Sera e Mille Luce, duas lendas, entretanto, persistem vivas: Mina e Ornella Vanoni - as duas grandes senhoras da canção italiana. Cada uma à sua maneira, através de uma longa carreira, mostra-nos que, afinal, esse tempo não morreu de todo...