sexta-feira, abril 28, 2006

Asturias (2)



Astúrias
Região Autónoma: Principado de Asturias (1.079.000 habitantes)
Capital: Oviedo (201.000) / Outras cidades: Gijón (271.000); Avilés (83.000)
Índice Paridades de Poder de Compra: 79,5 (Média UE25 = 100)

O Principado de Asturias é uma região montanhosa e verdejante. Abundam espectaculares paisagens de montanha (Parque Natural de Somiedo; Parque Nacional Picos de Europa) e a costa apresenta também paisagens magníficas. A promoção turistica da região salienta esta condição de "paraíso da natureza", que permite, inclusivamente, a sobrevivência de alguns dos últimos redutos europeus de vida selvagem, como lobos e, note-se, ursos. Porém, o contraste surge, quase paredes-meias com estes paraísos naturais, nas zonas industriais e mineiras do Valle de Caudal (Mieres) e do Valle del Nalón (Langreo, Sotrondio, Laviana). Aí a acção do homem irrompeu do modo mais agressivo para com a natureza e deixou marcas perenes. Apesar de parte destes sectores de actividade terem entrado em decadência, a extracção mineira, a indústria pesada, as lutas operárias e a poluição são ainda elementos marcantes na política, história e geografia asturiana. Estas zonas estão situadas perto do triângulo constituído pelas três maiores cidades da região: Gijón, Oviedo e Avilés. Estas cidades têm abundantes motivos de interesse.
Gijón tem um enquadramento paisagistico favorecido por uma extensa praia e por uma costa recortada. O centro apresenta construções imponentes e recantos de casas tradicionais. É uma cidade que, apesar de industrial, não deixa de ter um aspecto senhorial e airoso.
Oviedo, a capital, tem um rico centro histórico, onde avulta a catedral com uma única torre imponente. Tem artérias repletas de edifícios de bom gosto burguês, assim como amplos parques. Na periferia, junto ao monte Naranco (que domina a cidade), há dois exemplos de pré-românico asturiano: as ermidas de Santa María del Naranco e de San Miguel del Lillo (ambas declaradas Património da Humanidade).
Avilés está longe de se resumir à condição de decadente cidade industrial que acolhe uma siderúrgia que já foi das maiores do mundo. O centro histórico ostenta rico património evocativo das suas raízes medievais. É cidade de carácter.
Os centros históricos destas cidades estão cuidados e integrados na vitalidade urbana. Com efeito, há aí múltiplas ruas pedonais, movimentadas e plenas de actividades de comércio, serviços e lazer.
Toda a região denota personalidade cultural vincada, apesar da língua própria - asturianu, bable ou simplesmente llingua (juntamente com o mirandês, é o que resta do leonês) - ter uma existência quase residual, não deixa de haver empenhados movimentos em sua defesa, incluindo uma Academia. A esta personalidade pode-se aplicar o lugar-comum celticismo, muito embora, convenha não a confudir com a Galiza, não obstante certas semelhanças e contiguidades. A gaita de foles asturiana, a sidra (bebida feita a partir da maçã), os grandes espigueiros quadrados (hórreos asturianos) e a habada (feijoada asturiana) são os seus símbolos. Há em boa parte desta simbologia um sabor rústico e arcaico que denuncia um isolamento geo-histórico e que se pode traduzir numa imagem de Norte Profundo.
Finalmente, é de salientar que é uma região historicamente destacada, quanto mais não seja pelo facto de aqui se ter iniciado a Reconquista num processo que denota continuidade com os tempos visigóticos. Testemunho disso é o original estilo pré-românico, patente em ermidas e outros monumentos religiosos.

2 comentários:

Anónimo disse...

La única Casa Blanca que puede visitar Zapatero es la de Oviedo......¿La de Washington? ¡Nunca mais....!

Anónimo disse...

Covadonga, cuna de la Reconquista