domingo, janeiro 22, 2006

Vintage (5)


Alfred Hitchcock - Janela Indiscreta (Rear Window) (1954)
É consensual: toda a gente adora este filme. É uma obra-prima do cinema. Desde os intelectuais ao público avulso não há quem pense o contrário. Hitchcock pertence àquela classe de realizadores (a maioria deles fazem parte do cinema clássico americano) que conseguem consensos.
Já muito se escreveu sobre A Janela Indiscreta e eu agora, depois de rever o filme, não me sinto propenso a reafirmar todos os muitos aspectos que são constantemente lembrados (e bem!) a seu propósito (o voyeurismo, o virtuosismo técnico, o significado dos detalhes, a amostragem de caracteres psicológicos...). Sucede que, simplesmente, fiquei ainda mais fascinado por Grace Kelly e estou como que hipnotizado por tanto beleza... É a beleza, sim, mas que vai além do corpo e cara de perfeição absoluta, abrangendo também: a extrema elegância dos gestos e maneirismos; o arrebatamento sem jamais perder a classe; as toilettes de extremo bom-gosto; a decidida femininalidade do gosto por futilidades como a moda. Alguém escreveu que a primeira cena em que Grace Kelly aparece é um marco na história do cinema - a sua face aparece esplendorosa para beijar James Stewart. O erotismo explícito, massivo, do cinema mais contemporâneo perde grotescamente perante cenas como esta. Nos anos 50 o cinema alcançou a forma mais magistral de fazer chegar a beleza de uma mulher à tela! Note-se, finalmente, que este foi um dos últimos filmes de Grace Kelly antes de cair nos braços do Príncipe Rainier.
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3 comentários:

Anónimo disse...

Tiro ao Alvo (5) ?

Anónimo disse...

Simpatia reciproca entre las Casas Reales de Gran Bretaña y Mónaco.

Anónimo disse...

Hi from NYC! :)

R2K