Companyia Elèctrica Dharma - Força Dharma!: Deu anys de resistència (1985)
Companyia Elèctrica Dharma é um grupo difícil de definir. Assenta numa base familiar que, ao longo do tempo, integra cinco de sete irmãos de uma família originária do bairro barcelonês de Sants, os Fortuny, à qual acresce sempre Carles Vidal e, pontualmente, mais alguns outros que não partilham o apelido Fortuny. Coincidindo com o fim de um período de maior projecção, em 1986 faleceu, repentinamente, um dos irmãos, Esteve, após um concerto. Para todos os efeitos, esse foi um momento marcante na trajectória do grupo. Contudo, manteve-se em actividade, sem cair na penumbra. Para além desta feição de trupe familiar, o que lhes confere originalidade é a música que fazem - uma mistura entre rock electrónico e música tradicional catalã (sardanes), ligada por conceitos perfeitamente jazzísticos de fusão, que estimulam o improviso. Note-se que os instrumentos que imperam são os mesmos das coblas (pequenas orquestras tradicionais) que presidem às danças das sardanes. A sonoridade é, assim, marcada por cornetins e outros instrumentos de sopro que são uma imagem de marca da identidade musical catalã. Contudo, há um aparatoso envolvimento de sintetizadores e baterias.
Desde os seus inícios, em meados dos anos 70, o grupo inscreveu-se no universo do catalanismo. Até essa altura era um universo esmagadoramente ocupado pela canção de texto (nova cançó), mas que vira, pouco antes, surgir algo que se apresentava como rock catalão por via de Jaume Sisa e Pau Riba. Em todo o caso, a proposta de Dharma não tinha a ver nem com uma coisa nem com outra. Tal originalidade granjeou-lhes aplausos da crítica e, depois, no início dos anos 80, também reconhecimento comercial. Este álbum corresponde, precisamente, a esse período. Das forças e das fraquezas desse tipo de música nesse período dá a devida conta. Esgrimindo os tópicos mais militantes do nacionalismo, procurou as referências dançáveis e festivas das tradições, não ignorando também uma das mais contemporâneas como transparece na associação do lema Força Dharma ao lema futebolístico Força Barça.
Há temas bem conseguidos e outros que nem tanto... Os três fortíssimos de entrada são, de longe, o melhor, em particular o exótico e arrebatador Anònim empordanés que se desenvolve numa improvável junção de uma marcha tradicional ampurdanesa com uma furiosa bateria.
Desde os seus inícios, em meados dos anos 70, o grupo inscreveu-se no universo do catalanismo. Até essa altura era um universo esmagadoramente ocupado pela canção de texto (nova cançó), mas que vira, pouco antes, surgir algo que se apresentava como rock catalão por via de Jaume Sisa e Pau Riba. Em todo o caso, a proposta de Dharma não tinha a ver nem com uma coisa nem com outra. Tal originalidade granjeou-lhes aplausos da crítica e, depois, no início dos anos 80, também reconhecimento comercial. Este álbum corresponde, precisamente, a esse período. Das forças e das fraquezas desse tipo de música nesse período dá a devida conta. Esgrimindo os tópicos mais militantes do nacionalismo, procurou as referências dançáveis e festivas das tradições, não ignorando também uma das mais contemporâneas como transparece na associação do lema Força Dharma ao lema futebolístico Força Barça.
Há temas bem conseguidos e outros que nem tanto... Os três fortíssimos de entrada são, de longe, o melhor, em particular o exótico e arrebatador Anònim empordanés que se desenvolve numa improvável junção de uma marcha tradicional ampurdanesa com uma furiosa bateria.
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Web: Companyia Elèctrica Dharma
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Companyia Elèctrica Dharma - Anònim empordanès in Força Dharma!: Deu anys de resistència (1985)
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