quinta-feira, maio 31, 2007

Mariachi y tequila (36)

Paquita la del Barrio - Piérdeme el respeto (2000)

domingo, maio 20, 2007

Napule e'... (7)

click to comment
Tamburi del Vesuvio / Nando Citarella - Terra 'e motus (1997)


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Web: Tamburi del Vesuvio


Tamburi del Vesuvio / Nando Citarella - Fronna di saluto in Terra 'e motus (1997)

sábado, maio 19, 2007

Napule e'... (6)

click to commentclick to comment
Enzo Avitabile - Sacro Sud (2006)
Por via da sua participação na última gravação do basco Kepa Junkera tomei conhecimento de Enzo Avitabile. É um músico napolitano cuja trajectória tem derivado da fusão entre jazz e rock para um domínio cada vez mais marcado pela música étnica. Sacro Sud é, efectivamente, música étnica pura e dura, sendo exclusivamente composto por uma temática aparentemente árida: cantos religiosos populares do Sul da Itália. É um meio para conhecermos a realidade dialectal dessas regiões, que é, aliás, hoje em dia, no conjunto da Itália, a que revela, de longe, maior vitalidade. Tal dialecto surge assim fora das tradicionais canções napolitanas, doce e áspero, mas sempre com um carácter genuinamente rural. Um primitivismo mediterrânico atravessa esta música, não só pelo canto e pela matéria cantada, mas pelos instrumentos, onde pontificam rudes sonoridades.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Web: Enzo Avitabile


Enzo Avitabile - 'A peste in Sacro Sud (2006)

Andalucía (24)


Sevilla FC vs Real Bétis Balonpié: Rivalidade sevilhana con morbo y salero

Andalucía (23)



El Arrebato - Himno del Centenario FC Sevilla (2006)

sexta-feira, maio 18, 2007

Andalucía (22)

click to comment
El Arrebato - Una noche con arte (2003)

O sevilhano El Arrebato (de seu nome Javier Labandón) faz uma música simples e alegre que se adequa ao lugar-comum que se associa à capital andaluza. Aqui e ali uns acordes de guitarra flamenca, uma voz aflamencada, ritmo compassado e espírito alegre. Nesta receita introduzem-se umas pitadas techno, assim como uma pose marginal e o resultado está garantido. Em Espanha El Arrebato vende muito e alcançou notoriedade. Além disso, o seu fulgor sevillista (adepto do Sevilla FC) tornou-o um fenómeno de popularidade no vibrante universo local. Com efeito, foi ele que deu voz ao Himno del Centenario, aquando da comemoração dos 100 anos do clube. Vem a propósito esta alusão, na sequência do terceiro grande êxito internacional do clube:
depois da categórica vitória na Taça UEFA do ano passado contra o Middlesbrough (4 - 0), depois da estrepitosa vitória na Supertaça Europeia sobre o Barça (3 - 0), surge agora a segunda vitória (e consecutiva!) na Taça UEFA, agónica, mas épica sobre o RCD Espanyol. E ainda está na final da Taça do Rei (onde é claramente favorito contra o modesto Getafe) e no terceiro lugar da Liga, com opções não negligenciáveis para a ganhar. Haja alegria e venha um tema pegadizo de El Arrebato...!

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10



El Arrebato - Un amor tan grande in Una noche con arte (2003)

terça-feira, maio 15, 2007

Dancing Days (16) (12 remake)

click to comment
Pino d'Angiò - Una notte maledetta (1999) (1983+1986)

No início dos anos 80 o disco sound estava em declínio. Contudo, uma refrescante novidade começava a surgir: o italo-disco. Ou seja, nova música de discoteca produzida em Itália. Um dos pioneiros foi Pino d'Angiò, de Pompeia, província de Nápoles (não confundir com o também napolitano Pino Daniele), cujo verdadeiro nome era Giuseppe Chierchia. Com Ma quale idea (1979) estoirou nos tops europeus. Era uma erupção de funky rap à italiana, onde pontificava uma voz e pose de macho latino. Fez furor. Porém, não abandonando este registo, em 1983 tem um álbum verdadeiramente interessante, Evelonpappa, evelonmamma. Aí encontram-se temas sugestivos e originais. Um deles é Mani in alto, que tem uma letra delirante, que consiste no relato, na primeira pessoa (o delinquente), de um assalto a um banco, a sua fuga, o acidente mortal, a tumultuosa chegada às portas do paraíso, as objecções de São Pedro e o subsequente caos violento que aí se instala. Jamais alguém se lembrou de pôr uma coisa assim como letra de música, ainda por cima numa batida forte. Comercialmente, ao contrário de Ma quale idea, esteve aquém das expectativas - era demasiado sofisticado para o seu público.
Não mais tive notícias de Pino d'Angiò até uma recente reaparição... como participante numa curiosa variante de Big brother, Esta cocina es un infierno. da espanhola Tele 5. A imagem que me aparece é ilustrativa de uma largo hiato... Enfim, tudo indica que, pelo menos em termos estritamente musicais, foi um cometa efémero de uma música já de si efémera. Seja como for, em 1999 uma ignota editora milanesa fez uma edição em CD, onde juntou Evelonpappa, evelonmamma e um outro álbum de 1986. Como título pegou no de uma das melhores canções do primeiro, Una notte maledetta. À distância de mais de 20 anos as virtualidades de Pino d'Angiò ressaltam ainda mais, sobretudo se comparadas com o italo rap de Jovanotti e os enjoativos produtos mais comuns com que desde então para cá a cena pop/rock italiana nos tem brindado (Zucchero, Ramazzotti...).

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Web: Pino d'Angiò




Pino d'Angiò - Mani in alto in Evelonpappa, evelonmamma (1983)

domingo, maio 13, 2007

Andalucía (21)

click to commentclick to commentclick to commentclick to commentclick to comment

Salmarina - Lo mejor de Salmarina (2001)
Nos anos oitenta surgiram diferentes modalidades de inovação do género sevillanas. Dentro de um amplo universo de grupos surgiram novas propostas quer numa via mais comercial, (o melhor exemplo: Cantores de Hispalis que alcançaram grandes êxitos de vendas), quer numa via mais estritamente artística. O melhor exemplo desta última via é o trio Salmarina, de Sanlúcar de Barrameda (Cádiz). Alguns dos seus melhores álbuns correspondem à segunda metade dos anos oitenta, produzidos por José Miguel Évoras e Isidro Muñoz. Essa fase está documentada em quatro álbuns que foram reeditados conjuntamente sob o título Lo mejor de Salmarina e que são, respectivamte: Las sevillanas de Salmarina (1985); Bordao (1986); Rompeola (1987); Barrio Alto (1989). Se bem que posteriormente, com estes ou otros produtores conseguissem fazer álbuns de grande qualidade, esta fase foi a de afirmação de um estilo que cativou a crítica.
Em rigor, nem sevillanas, nem rocieras se podem considerar integrantes do verdadeiro flamenco, mas situam-se em territórios contíguos. Pois sucede que a opção de Salmarina foi no sentido de reforçar essas influências e, por isso, o seu estilo caracteriza-se por ser mais acústico e por dar protagonismo à guitarra e outros instrumentos que se tornaram comuns no nuevo flamenco. Por outro lado, tiveram sempre o cuidado de se rodear da colaboração de instrumentistas de qualidade (Carles Benavent, Vicente Amigo...) e de se colocar sob a orientação de produtores com apurado sentido de inovação. Finalmente, as vozes são do melhor que se pode encontrar neste tipo de grupos. Têm, pode-se dizer, uma matriz identificadora que resulta de uma original intercepção entre tradicionalismo e modernidade - algo que se nota não apenas na sua música, mas também no grafismo das capas e encartes das gravações. Por tudo isto, Salmarina está para as sevillanas, como Ketama, La Barbería del Sur, Pata Negra estão para o flamenco.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10



Salmarina - A querer in Las sevillanas de Salmarina (1985)


Salmarina - Pregonero in Rompeola (1987)

Andalucía (20)

click to commentclick to commentclick to comment

Sevilla - Início do século XX

sábado, maio 12, 2007

Tiro ao Alvo (18)

click to comment
Margaret Thatcher
Numa altura em que se cantam loas a Tony Blair, convém não ignorar que se alguém terá lugar reservado na história não será tanto este arauto do que Vasco Pulido Valente designa como "política do sentimento", mas antes a Dama de ferro. É certo que a política de Blair teve aspectos muito positivos, mas, essencialmente, definidos em função do legado thatcheriano. Em boa verdade, manteve tal legado e corrigiu alguns dos seus excessos. De forma pragmática dir-se-ia que foi magnífico e foi, com efeito. Contudo, a questão da coerência ideológica esvaiu-se no que pode ser considerado oportunismo. Alguns esforçam-se por embalar tal política nos bonitos adereços de uma "nova esquerda", só que esses esforços para dar respeitabilidade ideológica têm que inevitavelmente ter em conta a tendência sentimental-populista que parece confirmar um oportunismo tacticista. No mesmo modo, aliás, embora em sentido diferente e com resultados de popularidade negativos, se poderá entender o inconcional alinhamento na "aventura iraquiana"...
Em contrapartida, pouco de tacticista e muito de estratégico existiu no consulado da Dama de ferro. Havia ideologia e coerência política na sua aplicação, para o bem e para o mal... Dizem-nos as estatísticas que os seus efeitos, se não foram imediatamente mais positivos que negativos, acabaram idiscutivelmente por o ser a médio prazo. A decadência britânica, tão patente nos finais de 70, inverteu-se de tal modo que é hoje aquela, entre as maiores potências europeias (RU, FR, ALE, ITA, ESP), que tem uma economia mais dinâmica e o melhor nível de vida. Poucos políticos teriam a coragem de fazer o que a Dama de ferro fez, ainda por cima sabendo que os resultados positivos só poderiam ser apreciados muito para além dos cada vez mais apertados ciclos eleitorais. Uma boa dose de liberalismo, sabiamente administrada consoante as circunstâncias é sempre a melhor via para a riqueza e a verdadeira justiça social.

segunda-feira, maio 07, 2007

Cuore Matto (12)


Bobby Solo - Una lacrima sul viso (1964)

domingo, maio 06, 2007

Memória do futebol (6)


Garrincha, o Anjo das pernas tortas

sábado, maio 05, 2007

Flamenco (22)

click to commentclick to comment

Navajita plateá - Desde mi azotea (1998)
Este é um duo de Jerez de la Frontera, composto por dois ciganos: Idelfonso de los Reyes (Pelé) e Francisco Carrasco (Curro) - o primeiro pôe a voz; o segundo a guitarra. Se algum lugar merece o epíteto de capital do flamenco é, precisamente esta cidade que, historicamente, tem sido o mais relevante centro de produção do que de mais puro existe no universo flamenco. Nem por isso deixa de ser o ponto de origem de experiências fusionistas avançadas, como a que é protagonizada, desde meados dos anos 90 por este duo. Com efeito, entre o blues, o rock e o flamenco desenvolve-se a música de Navajita plateá. Este álbum é bem demonstrativo dos níveis de heterodoxia trilhados, contudo o seu tema mais forte, Noches de bohemia, é uma simples balada bonita, mas onde sobressai a guitarra e a voz inconfundivelmente flamencas - receita simples com resultado brilhante! Foi um êxito e ainda hoje não deixa de ser escutado com alguma assiduidade nas emissoras de rádio espanholas.
Web: Página oficial
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10


Navajita plateá - Noches de bohemia in Desde mi azotea (1998)