Margaret Thatcher
Numa altura em que se cantam loas a Tony Blair, convém não ignorar que se alguém terá lugar reservado na história não será tanto este arauto do que Vasco Pulido Valente designa como "política do sentimento", mas antes a Dama de ferro. É certo que a política de Blair teve aspectos muito positivos, mas, essencialmente, definidos em função do legado thatcheriano. Em boa verdade, manteve tal legado e corrigiu alguns dos seus excessos. De forma pragmática dir-se-ia que foi magnífico e foi, com efeito. Contudo, a questão da coerência ideológica esvaiu-se no que pode ser considerado oportunismo. Alguns esforçam-se por embalar tal política nos bonitos adereços de uma "nova esquerda", só que esses esforços para dar respeitabilidade ideológica têm que inevitavelmente ter em conta a tendência sentimental-populista que parece confirmar um oportunismo tacticista. No mesmo modo, aliás, embora em sentido diferente e com resultados de popularidade negativos, se poderá entender o inconcional alinhamento na "aventura iraquiana"...
Em contrapartida, pouco de tacticista e muito de estratégico existiu no consulado da Dama de ferro. Havia ideologia e coerência política na sua aplicação, para o bem e para o mal... Dizem-nos as estatísticas que os seus efeitos, se não foram imediatamente mais positivos que negativos, acabaram idiscutivelmente por o ser a médio prazo. A decadência britânica, tão patente nos finais de 70, inverteu-se de tal modo que é hoje aquela, entre as maiores potências europeias (RU, FR, ALE, ITA, ESP), que tem uma economia mais dinâmica e o melhor nível de vida. Poucos políticos teriam a coragem de fazer o que a Dama de ferro fez, ainda por cima sabendo que os resultados positivos só poderiam ser apreciados muito para além dos cada vez mais apertados ciclos eleitorais. Uma boa dose de liberalismo, sabiamente administrada consoante as circunstâncias é sempre a melhor via para a riqueza e a verdadeira justiça social.
Em contrapartida, pouco de tacticista e muito de estratégico existiu no consulado da Dama de ferro. Havia ideologia e coerência política na sua aplicação, para o bem e para o mal... Dizem-nos as estatísticas que os seus efeitos, se não foram imediatamente mais positivos que negativos, acabaram idiscutivelmente por o ser a médio prazo. A decadência britânica, tão patente nos finais de 70, inverteu-se de tal modo que é hoje aquela, entre as maiores potências europeias (RU, FR, ALE, ITA, ESP), que tem uma economia mais dinâmica e o melhor nível de vida. Poucos políticos teriam a coragem de fazer o que a Dama de ferro fez, ainda por cima sabendo que os resultados positivos só poderiam ser apreciados muito para além dos cada vez mais apertados ciclos eleitorais. Uma boa dose de liberalismo, sabiamente administrada consoante as circunstâncias é sempre a melhor via para a riqueza e a verdadeira justiça social.
3 comentários:
Apesar do blog ter por título "Outros Gostos", acho que o post sobre a Dama de Ferro está deslocado. A sua acção destruidora do serviço nacional de saúde e do sistema de ensino é contraditória com os valores de cultura e inteligência que o blog geralmente divulga e promove.
Mas gostos são gostos...
La invasión de las Islas Malvinas
ama y entiende a la ciudad argentina de cordoba ?
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