Vicente Fernández / Alejandro Fernández - En vivo juntos por última vez (2003)
Este duplo CD regista um memorável espectáculo de Vicente Fernández e seu filho Alejandro em México DF. Foi galardoado na 4ª edição dos Grammys Latinos como melhor álbum na categoria do género ranchero.
A produção é excelente, dando bem devida conta do ambiente apoteótico de um espectáculo pouco comum, que juntou duas primeiríssimas figuras da música popular mexicana, ligadas por uma emblemática ligação pai/filho e representativas de duas gerações distintas. Cada um por seu lado assegura partes demarcadas do espectáculo, mas há quatro canções interpretadas em dueto. O pai aparece em boa forma, o que é, só por si, garantia de qualidade. Tinha à partida, algumas reservas quanto ao filho. Contudo, o que mais acabou por me surpreender foi verificar que o jovem ídolo progrediu muito desde os seus primeiros passos numa indefinida trajectória entre a balada pop e a canção ranchera. A sua voz e, de um modo geral, todas as suas qualidades interpretativas melhoraram muito. A voz, particularmente, ganhou riqueza e espessura de timbre e está agora capacitada para abarcar géneros variados - tão adequada às rancheras como às baladas convencionais. Auguro excelente carreira para o mais maduros dos potrillos de Don Chente... Mesmo assim, os momentos mais altos coincidem com a presença em palco do velho patriarca, nomeadamente em Acá entre nós e nos duetos Amor de los Dos e Golondrinas sin Nido. Estes dois duetos são extraordinários! O primeiro é um virtuoso exercício de expressividade pelo poder; o segundo é um virtuoso exercício de expressividade pela finura. Uma palavra ainda para mais dois temas: Cuando yo quería ser grande e Mi Vejez. Um é uma comovente declaração de amor filial, sentidamente interpretada por Alejandro; o outro, logo a seguir, de forma quase encadeada, é uma exaltação do sentimento paternal, por Don Chente. Enfim, mais uma belíssima proclamação dos valores tradicionais! Todos estes são momentos muito altos, de grande intensidade emocional. O público, cuja arrebatada participação se faz constantemente sentir, ajuda a criar decisivamente essa intensidade emocional. O auge ocorre no quase mítico Volver, Volver, em que este é vigorosamente chamado a cantar e não se faz rogado... ¡Échale Bonito!
A produção é excelente, dando bem devida conta do ambiente apoteótico de um espectáculo pouco comum, que juntou duas primeiríssimas figuras da música popular mexicana, ligadas por uma emblemática ligação pai/filho e representativas de duas gerações distintas. Cada um por seu lado assegura partes demarcadas do espectáculo, mas há quatro canções interpretadas em dueto. O pai aparece em boa forma, o que é, só por si, garantia de qualidade. Tinha à partida, algumas reservas quanto ao filho. Contudo, o que mais acabou por me surpreender foi verificar que o jovem ídolo progrediu muito desde os seus primeiros passos numa indefinida trajectória entre a balada pop e a canção ranchera. A sua voz e, de um modo geral, todas as suas qualidades interpretativas melhoraram muito. A voz, particularmente, ganhou riqueza e espessura de timbre e está agora capacitada para abarcar géneros variados - tão adequada às rancheras como às baladas convencionais. Auguro excelente carreira para o mais maduros dos potrillos de Don Chente... Mesmo assim, os momentos mais altos coincidem com a presença em palco do velho patriarca, nomeadamente em Acá entre nós e nos duetos Amor de los Dos e Golondrinas sin Nido. Estes dois duetos são extraordinários! O primeiro é um virtuoso exercício de expressividade pelo poder; o segundo é um virtuoso exercício de expressividade pela finura. Uma palavra ainda para mais dois temas: Cuando yo quería ser grande e Mi Vejez. Um é uma comovente declaração de amor filial, sentidamente interpretada por Alejandro; o outro, logo a seguir, de forma quase encadeada, é uma exaltação do sentimento paternal, por Don Chente. Enfim, mais uma belíssima proclamação dos valores tradicionais! Todos estes são momentos muito altos, de grande intensidade emocional. O público, cuja arrebatada participação se faz constantemente sentir, ajuda a criar decisivamente essa intensidade emocional. O auge ocorre no quase mítico Volver, Volver, em que este é vigorosamente chamado a cantar e não se faz rogado... ¡Échale Bonito!
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1 comentário:
que romantico é o alejandro fernandez.
ouve o seu ultimo cd, é voz romantica no seu melhor
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