Alceu Valença - Como dois animais in Cavalo de pau (1982)
quarta-feira, abril 25, 2007
Sertão e Nordeste (2)
Alceu Valença - Como dois animais in Cavalo de pau (1982)
domingo, abril 22, 2007
Sertão e Nordeste (1)
Alceu Valença - página oficial
Alceu Valença - Vou pra Campinas in Forró de todos tempos (1998)
quinta-feira, abril 19, 2007
Euskal Herria (19) (9 remake)
segunda-feira, abril 09, 2007
Baúl de los Recuerdos (16)
Alex y Christina - ¡Chas y aparezco a tu lado! (1988)
Pagina web oficial - Christina Rosenvinge
Página web Christina Rosenvinge in Smells like records
Christina Rosenvinge: La ambigüedad y el equivoco in El camino - Reportajes
quarta-feira, abril 04, 2007
Cinecittà (3)
O género é docudrama político-militar. O tema é a Guerra da Argélia. Não é um documentário, mas parece. Na verdade, é um exemplo de integração de uma trama ficcional num contexto histórico. Tem implicações políticas, pelo que esta guerra representou - o ponto mais dramático do processo de descolonização dos anos 50 e 60. Note-se que o realizador tinha um empenho político - era militante do PCI, à semelhança de outros realizadores italianos (incluindo alguns dos mais famosos) e que é uma co-produção italo-argelina. Dir-se-ia reunir todos os ingredientes para ser um instrumento propagandístico. Em boa verdade, não se pode dizer que não o seja, porque a realidade que retrata é favorável à causa da descolonização. Mas, há seriedade na abordagem. Cenas de guerra suja são-nos apresentadas com crueza e protagonizadas por ambas as partes. É particularmente arrepiante a frieza com que três mulheres árabes levam e colocam bombas em cafés para causar o maior número de vítimas entre civis. Não menos arrepiante é a inteligência cruel do Coronel Mathieu, chefe militar francês nessa Argel insurrecta. Corresponde ao Tenente-Coronel Jacques Massu, a quem a esquerda crismou como o "carrasco de Argel". Mas, o filme evita um retrato simplista deste personagem. Aliás, não escamoteia que a sua estratégia foi decisiva para uma viragem que desembocou numa vitória. Foi uma vitória fatalmente provisória, mas, dadas as circunstâncias, foi notável. O fatalmente prende-se com uma realidade que não podia ser ultrapassada, da qual fazia parte a empedernida cegueira dos pieds-noires (colonos), que teria que deitar tudo a perder, fosse como fosse... O que se pode entender através de algo que o filme atira à cara do espectador: a sociedade franco-argelina assentava numa profunda discriminação, num apartheid. Somos levados tanto ao interior da Kasbah como passamos pela mentalidade e forma de vida do pied-noir. O contraste é violento. É um cenário de tragédia sem solução. Na Argélia, como em muitas outras colónias ficaram todos as perder.
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