sábado, setembro 15, 2007

Flamenco (27) (14 remake)

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Antonio Flores - Cosas mias (1994)
Eis Antonio Flores. Filho de Lola Flores, La Faraona, a célebre rainha do folclorismo flamenco e de Antonio, El Pescailla, famoso rumbero. Irmão de Lolita e Rosario - ambas, artistas destacadas da cena espanhola. Estava fatalmente destinado a ser artista. Porém, teve uma carreira fugaz... Com efeito, este álbum foi editado cerca de um ano antes da sua morte. Aparentemente, dir-se-ia, que foi produzido sob o signo celebrante da vida, exemplificado quer através da evocação do nascimento da filha do artista, em Alba, quer através da vitalidade de Arriba los corazones. Este facto não deixa de ser uma ironia, pois por essa altura o artista afundava-se na dependência da heroína, que o conduziria à morte, por overdose, poucos dias, aliás, após a morte da sua mãe.
Dizer que este álbum está enquadrado no flamenco é abusivo. Na realidade, é um álbum de rock com tonalidades flamencas. Estas encontram-se num ou noutro elemento dos arranjos, mas, sobretudo, na voz. Contudo, são detalhes suficientes para lhe dar um valor acrescido, tanto mais que a voz é expressiva no agreste timbre gitano... Se, além disso, tivermos em conta a atinada inspiração como compositor, patenteado em Isla de Palma, Cuerpo de mujer, Arriba los corazones e Alba, concluiremos que é um produto cujos méritos transcendem o de legado testamentário de uma vida precocemente interrompida.
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Antonio Flores - Arriba los corazones in Cosas mias (1994)

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