quarta-feira, julho 04, 2007

Flamenco (24) (3 remake)

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Manzanita - Talco y bronce (1981)
A CBS organizou uma digressão de Manzanita aos Estados Unidos, a fim de fazer alguns espectáculos e gravar com músicos locais. Tinha sucedido que uma emissora FM de Nova Iorque divulgara o seu segundo álbum, Espirítu sin nombre, obtendo uma inesperada adesão, sobretudo, em relação ao tema Paloma blanca. Ou seja, Manzanita tinha-se tornado quase um objecto de culto entre uma elite de iniciados, como, de resto, sucedera em mais algumas paragens (Israel, Japão...). Tal deveu-se à capacidade da multinacional CBS. Pois esta gravação é resultado imediato dessa digressão. As imagens da capa e contra-capa ilustram o facto. Mas a coisa não se limitou a ser uma operação de marketing - teve um efectivo conteúdo. Foi uma gravação parcialmente concebida e realizada em Nova Iorque. Os arranjos, a cargo de Dave Thomas, imprimem um carácter decididamente fusionista e o mínimo que há que dizer é que são espectaculares. Provavelmente nunca houve tão ousada fusão flamenca na vertente ligeira, a qual atreveu-se a utilizar instrumentos tão inusuais, como, por exemplo, o violino e a cítara. Tudo isto desembocou num ambiente sonoro refinado. A voz de Manzanita é decisiva para o resultado, estando mais domesticada, mais aveludada, sem perder a reconhecida tonalidade flamenca. É o trabalho mais criativo de toda a sua carreira. Não há um tema fraco e há um punhado de temas notáveis. Note-se que, com excepção do refrão do tema inicial de Por tu ausencia, tampouco se pode dizer que houvesse concessões comerciais. Refrão que merece, aliás, uma referência pelo facto de ser cantado em português com sotaque brasileiro – algo que voltará a suceder em temas do álbum seguinte. Temas como o instrumental Talco y bronce, Quien fuera luna (poema de Gustavo Adolfo Bécquer) Un ramito de violetas (da malograda cantautora Cecília) e El rey de tus sueños são soberbos e os melhores de uma inspiradíssima colheita que representará para sempre o apogeu da sua carreira. Resta acrescentar esta ironia: sem denotar particulares concessões comerciais, acabou por se tornar um espectacular êxito de vendas, com mais de meio milhão de cópias vendidas! Nunca Manzanita foi tão bem sucedido comercialmente, ao mesmo tempo que nunca foi tão aclamado pela crítica.
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Manzanita - Talco y bronce in Talco y bronce (1981)

4 comentários:

Anónimo disse...

Borotalco, Gente del Bronce.....y ACIDO BORICO.....¿La España de hoy?

Anónimo disse...

Edmundo, Manzanita tiene una versión de "La tieta" de Serrat cantada en castellano muy buena, no sé si la conoces. Saludos desde Barcelona.

Carles

Anónimo disse...

Maragall propone el iberismo....

Anónimo disse...

Saramago propone el iberismo